Inúmeras problemáticas têm por base uma iliteracia
emocional; pessoas emocionalmente inteligentes conhecem-se a si, às suas
emoções e são capazes de estabelecer relações empáticas com o outro. São
capazes de adiar a recompensa, adequando comportamentos a contextos
específicos. Esta competência é extrapolada para outras áreas da vida, que vão
desde o aumento do rendimento escolar, à diminuição da violência ou mesmo à
capacidade de estabelecer relações conjugais e laborais prazerosas.
Goleman (2003) considera que a
inteligência emocional é a competência que as pessoas têm para se auto-motivar
e fazer face às frustrações, para controlar os seus impulsos adiando o prazer
da recompensa, para fazer autorregulação do estado de espírito impedindo que o
desânimo controle ou reprima a capacidade de pensar, fomentado ainda o
sentimento de empatia e de esperança. Para o autor, há evidências de que o QI
não é alterável pelas experiências educacionais ou outras ao longo da vida, enquanto
que, as competências a nível emocional são possíveis de ser desenvolvidas e
aprimoradas. É neste sentido que considera que a educação deve evoluir no sentido da integração emocional, um educar
para as emoções e para as múltiplas inteligências. Assim, há uma maior
integração de alunos que são tão distintos entre si, aproveitando e
desenvolvendo o melhor das suas capacidades.
Alzina (2000) refere que pode ser
complicado ter um pensamento adequado quando se vivenciam determinadas
circunstâncias problemáticas. Há que aprender a equilibrar os sentimentos e
emoções pessoais para que não se reaja reactivamente e para que não ocorra um
comportamento por condicionamento clássico (estímulo-resposta). Uma pessoa
emocionalmente inteligente é aquela que tem uma atitude positiva perante a
vida, sobrevalorizando aspetos positivos sobre os negativos, estabelecendo um
equilíbrio entre tolerância e exigência, é alguém que está consciente das
limitações próprias e das dos outros. É capaz de reconhecer, controlar e
expressar os seus sentimentos e emoções, adequando as suas decisões e
comportamentos de forma positiva. Integra a parte cerebral emocional e cognitiva
procurando o equilíbrio. É alguém que é capaz de superar adversidades e
frustrações, ajustando se necessário objetivos previamente definidos. Cultiva a
sua autoestima, a motivação e o interesse pelos outros e pelas várias situações
em que convive. Sabe dar e receber e tem capacidade de empatia, sendo capaz de
se colocar no lugar do outro.
FONTES
Alzina, R. (2000). Educación y Bienestar. Barcelona:
Editorial Práxis, S.A.
Goleman, D. (2003). Inteligência Emocional (12.º ed.).
Lisboa: Temas Editoriais
Olá Liliana...espero que esteja tudo bem contigo...O video ilustra muito bem o texto,dá vontade de fazer o mesmo...tudo de bom...
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