Brincar é crucial para o desenvolvimento de uma criança.
Nas brincadeiras, as crianças podem desenvolver algumas
capacidades importantes, tais como: atenção, imitação, memória e imaginação.
Amadurecem, igualmente, algumas capacidades de socialização por meio da intenção,
da utilização e da experimentação de regras e papéis sociais.
Como disse Piaget, brincar é o trabalho de uma criança. E não há porque dar limites a isso.
Como disse Piaget, brincar é o trabalho de uma criança. E não há porque dar limites a isso.
Quando questionados, os pais dizem que não há qualquer problema no facto de os
meninos e as meninas trocarem de papéis na hora da brincadeira. Pois…na teoria
é fácil falar. Na prática, pais e mães compram brinquedos delicados e cor-de-rosa
para as meninas, e carrinhos e kits de médicos para meninos. E atire a primeira
pedra quem não mudou de assunto quando o filho mostrou interesse numa boneca ou
a filha quis saber se podia ter um camião ou umas chuteiras…
É preciso considerar que, quando
damos jogos de tabuleiro como xadrez ou damas só para meninos, estamos a
excluir as meninas de aprenderem lições de lógica e raciocínio, por exemplo.
Além de precisarem de estímulos
diferentes para aprender coisas diferentes, as crianças também precisam decidir
por si o que é divertido. Mais, com essa liberdade de escolha, entre
outros aspetos, podemos “trabalhar” na desmistificação de estereótipos sociais.
Partilho o vídeo publicitário da empresa de
brinquedos Goldie Blox, que chamou a atenção com um roteiro que brinca com os
estereótipos do mundo feminino e oferece uma linha de brinquedos para “futuras
engenheiras”. Vale a pena visualizar.
By Liliana Fernandes
bom tema! Mas e então: Se um dos meus filhos me pedir de presente uma boneca com roupinhas, devo comprar e incentivar? que achas?
ResponderEliminarBeijinhos!
Laranjinha, parece-me que devemos usar o bom senso. Que será algo intermédio entre a resposta negativa e o incentivar. Para uma mãe, esta resposta não é novidade nenhuma, não é verdade?
EliminarEm todos os pedidos, mais ou menos "excêntricos" das crianças, deveremos colocar uma série de questões de forma a que elas concluam se de facto lhes querem dar continuidade. No exemplo, Para que a queres? Vais brincar com a boneca sozinho e com outros amigos? Desde quando gostas de bonecas? Nas bonecas, do que gostas mais... No fundo, perceber as motivações na origem dessa escolha/pedido.
Se acabar por dar a boneca ao filho, irei fazer o que devo fazer com todas as brincadeiras: monitorizar, mostrar-lhe o que, habitualmente, podemos aprender com as bonecas (cuidados parentais, por exemplo). Poderei brincar ao faz de conta: "eu sou a avó e tu o pai"... Pensando bem, existem tantas atividades engraçadas que podem ser realizadas. Afinal, os estereótipos e preconceitos são problemáticas dos adultos e não das crianças.
Beijinho grande*