Estudos revelam que
o estilo parental adotado pelos pais tem consequências no desenvolvimentos das
competências cognitivas, sociais, emocionais e morais da criança.
Padrão Autoritário: os pais controlam
rigorosamente os filhos, muitas vezes, com severidade. As regras que o
determinam são essencialmente ordens cuja infração dá lugar a punições severas,
inclusive a punições físicas. Nem tentam explicar estas regras à criança que
tem de as aceitar como uma simples manifestação de poder parental: “É assim
porque eu digo que é assim.”
Padrão Permissivo: neste padrão, as
crianças encontram poucos “não faças” e ainda menos “faz”. Os pais tentam não
afirmar a sua autoridade, impõe poucas restrições e controlo, raramente usam
castigos e têm poucas exigências com os filhos.
Padrão Democrático: os pais respeitam
a individualidade da criança mas também enfatizam os valores sociais. Têm
confiança na sua capacidade para orientar as crianças, mas também respeitam as
decisões, interesses, opiniões e personalidade destas. São afetuosos,
consistentes, exigentes, firmes na afirmação dos padrões e dispostos a aplicar
uma punição limitada e sensata – mesmo o bater moderado e ocasional – quando
necessário dentro do contexto de uma relação calorosa e apoiante. Explicam qual
é o raciocínio subjacente aos seus padrões e encorajam as trocas de opiniões
verbais.
Consequências
Crianças educadas
segundo o padrão autoritário tendem a:
Ser tímidas
Ser pouco comunicativas
Ser pouco independentes
Atuar influenciadas pelo prémio e
pelo castigo
Ter baixa autoestima
Ser pouco alegres, irritáveis e
vulneráveis à tensão
Crianças educadas
segundo o padrão permissivo tendem a:
· Ter problemas para controlar os seus
impulsos
Ter dificuldades em assumir
responsabilidades
Ser imaturas
Ter baixa autoestima
Crianças educadas
segundo o padrão democrático tendem a:
Ter níveis elevados de autoestima e
autocontrolo
Ser capazes de enfrentar situações
novas com confiança e iniciativa
Ser persistentes no que iniciam
Ser independentes, carinhosas e de
fácil relacionamento com os outros
Possuir critérios pessoais acerca de
questões morais
·
A tarefa dos pais não é fácil, nem simples, pois exige
encontrar um equilíbrio entre a necessidade de impor regras e limites (que são
fundamentais para o desenvolvimento da capacidade de estabelecer
relacionamentos harmoniosos com os outros indivíduos) e proporcionar situações
em que os filhos desenvolvam gradualmente a capacidade de viver a sua vida de
forma autónoma, independente e com respeito pelos outros. E essa capacidade é
tanto mais fácil de alcançar quanto mais a criança se sentir confiante nas suas
capacidades.
As crianças sentem-se seguras quando lhes fixamos limites,
mas, como diz Orlando Lourenço, “Há normas e normas, ou convicções e convicções!” ver AQUI.
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