Fotografia: Butterflies & Hurricanes
Quando falamos em imagem corporal, referimo-nos à perceção individual que cada pessoa tem do seu corpo, bem como à atitude que demonstra face à sua aparência. É, portanto, algo mais subjetivo do que objetivo. Na verdade, a imagem corporal que temos de nós próprios pode não corresponder àquela que os outros têm de nós. Aliás, é frequentemente mais negativa.
Pode ser lugar-comum criticar o corpo, mas nem por isso deixa de ser prejudicial fazê-lo, para além de outras consequências negativas, pode ocorrer a descentração face a outro género de qualidades (personalidade, valores e atos). De entre as várias perdas que podemos sofrer, contam-se as seguintes:
- TEMPO PERDIDO: porque se gasta uma quantidade considerável de tempo e energia em pensamentos negativos e distorcidos acerca do corpo, perdendo-se tempo precioso que podia ser utilizado para investir nas relações e objetivos pessoais.
- SONHOS PERDIDOS: em vez de se usufruir da vida no presente, fantasia-se sobre um futuro em que o “corpo perfeito" trará o passaporte para a felicidade.
- DIVERTIMENTO PERDIDO: evitando-se o envolvimento numa vasta gama de atividades, que poderiam constituir-se como fonte de distração, satisfação, prazer e equilíbrio.
Mas… terá de ser mesmo assim? Será que não podemos ter uma imagem corporal positiva, aceitando-se imperfeições, valorizando encantos pessoais? Será que a referência que temos de usar é a imagem de perfeição irrealista que aparece na televisão e capas de revista?
O corpo faz muitas coisas boas por nós. Ele permite que vivamos, que nos movimentemos todos os dias, que alcancemos objetivos, que expressemos quem somos através dos mais diversos atos físicos, para além do bem estar que proporciona quando relaxamos, dançamos ou nos envolvemos em atividades sensuais...
Imagine-se sem matéria. Um círculo difuso. Interrogue-se sobre o que seria de admirar em si. Uma vez que é só espírito, vai ter que pensar em qualidades, princípios morais, carácter e inteligência. É fundamental considerar que a imagem corporal é apenas uma das dimensões da autoestima.
O nosso “amor-próprio” não depende exclusivamente da imagem física que construímos de nós, mas de muitos outros fatores, todos eles a serem valorizados e potenciados no sentido do bem-estar. A autoconfiança, por exemplo, é uma componente fundamental da autoestima. Sentir-se competente, acreditar que é capaz, pode constituir-se como uma importante fonte de amor-próprio, refletindo-se mesmo no resultado das ações: pensamentos positivos e expetativas elevadas de autoeficácia tendem a refletir-se em resultados mais satisfatórios...
Mas…sou da opinião que devemos “tratar” bem do nosso corpo!!
Aliás, sou da opinião de que devemos ter o hábito de nos tratarmos bem e de proporcionarmos ao nosso corpo os “mimos” que ele precisa. Pode ser uma peça de roupa, um perfume, uma massagem, um penteado novo, uma caminhada na praia, um banho de sol, exercício físico… A forma como tratamos o nosso corpo reflete aquilo que pensamos de nós.
Devemos, ainda, criar o hábito de valorizar os nossos aspetos positivos. Qual a sua característica física favorita? Aquela que não trocaria…?! Afinal, existe sempre um lado positivo na vida, e o nosso corpo não pode ser exceção!
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