Entristece-me,
enquanto ser em sociedade, e apesar do reconhecimento da igualdade das
mulheres, continuarmos a assistir à reivindicação da masculinidade através do
controlo forçado, no qual qualquer sinal de autonomia da mulher é visto como
uma provocação, e legitima o restabelecimento da dominância através da força. E
assim, passa a ser o corpo a regular a resolução do conflito e não a
inteligência.
É,
ironicamente, o paradoxo de uma situação na qual a violência acaba por refletir
a fraqueza do homem.
As
mulheres, essas, submetem-se por acreditar que o dia seguinte será melhor...e
permanecem em medo no silêncio.
Condenar
o homem que se gosta/gostou, o pai dos seus filhos e tornar público o fracasso
de uma relação é difícil. Mas a tolerância e a aceitação não resolvem a
situação e pensar que o tempo o fará é mera ilusão.
O medo
e a vergonha impedem de falar e de intentar uma saída, a culpa e a autorresponsabilização
fazem o resto.
Mas
é intolerável viver com um homem que recorre à violência. É necessário quebrar
o silêncio sem esperar pelo momento em que não se aguenta mais os golpes.
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