"Evento único, de dimensão internacional, que une o universo cinematográfico ao da gastronomia.
A quarta edição do certame “CURTAS GASTRONOMIA” tem como objetivo consolidar-se como um evento alternativo, partilhando o melhor da gastronomia e do audiovisual na região do Alto Minho, com visibilidade nacional e internacional. Para além de apelar ao visitante o uso de todos os sentidos;
audiovisual, aroma, paladar e tacto, desenha-se um modelo de Festival que
diversifica o tema em conteúdos de animação e pedagogia capazes de transmitir
uma mensagem cultural e artística, regional e simultaneamente global."
Organização
Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira,
ETAP- Escola Profissional e a OG&Associados.
Página Facebook AQUI
Site: http://www.curtasgastronomia.pt
✿✿
Lenda do Cervo Rei
"Conta a lenda que há muitos, muitos anos, num lugar de
montes e vales luxuriantes de vegetação e ervas frescas, mesmo junto a um
grande e belíssimo curso de rio, estabeleceu-se um grande bando de cervos.
Naquele lugar ainda não tinham passado os homens, que já ocupavam as terras do
interior. Aí, no interior, os homens organizavam grandes caçadas, não dando
sossego e paz aos animais, principalmente aos cervos, que eram os preferidos
para os banquetes.
Os cervos encontraram nos altos, próximos do rio, o
esconderijo e o alimento que precisavam para sobreviverem. Eram tantos os que
fugiam para este local de segurança, que tiveram que se organizar. Escolheram o
veado mais forte e belo de todo o bando para seu chefe! Acreditavam todos os
veados que, por ser tão grande, forte e belo, o seu chefe só podia vir do Olimpo,
ali onde os deuses moravam! E se não o adoravam como Deus, pelo menos
respeitavam-no como um Rei!"
(…) Com o tempo, e com o falhanço de muitas tentativas de
alguns animais e homens mais corajosos, todos temiam entrar nesses montes,
vindo a chamar àquele lugar “Terra de Cervaria”!
Muitos anos correram.
Lutas e refregas, calamidades que foram dizimando a colónia, até que ficou só o
Rei Cervo.
Diz a lenda que na Reconquista
quando os Senhores de pendão e caldeira desceram dos cerros asturianos à
conquista do que seria mais tarde o "Condado Portucalense", um jovem
fidalgo desafiou o Rei Cervo para uma luta frente e frente. E o
velho senhor aceitou. A luta seria travada entre arvoredos e ervas daninhas e
num local onde existiam pequenas valas.
E sem apelo nem agravo conta-nos a
"estória", o Rei Cervo venceu! Ficou com o pendão do
fidalgo e, a partir daí, seu brasão de armas foi a bandeira conquistada.
Mas os Deuses enganaram o velho Rei.
Ele não seria imortal …Cansado da vida, doente, na solidão
das fragas, o velho Senhor morreu. E com ele desapareceu para sempre a
"Terra da Cervaria" (…).
Ainda hoje e para que a
"estória" se não perdesse, as "armas" de Vila Nova de
Cerveira têm um cervo em campo verde, passante de ouro, armado de prata,
contendo entre as hastes um escudete de azul carregado de cinco besantes de
prata. E, também, no cimo dos montes deste Município mandou construir "in
memoriam" o Rei Cervo, que numa notável escultura em ferro, de José
Rodrigues, atesta a longevidade das "Terras de Cervaria".
Fonte: As Lendas do Vale do Minho (2002)
"Há quem diga que durante a noite, sem que ninguém o veja, o Rei Cervo desce a montanha para saciar a sua sede no Rio Minho."
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigada pela visita e por partilhar a sua opinião! Beijinho.