FRASE DO DIA| "Podemos ser todos iguais se soubermos respeitar as nossas diferenças!"

Porque hoje é o dia Mundial para a Eliminação da Descriminação Racial...

Cara Branca Fella,
Pequenas coisas que deverias saber:
Quando nasci, nasci preto
Quando cresci, cresci preto
Apanho sol, sou preto
Tenho frio, sou preto
Assusto-me, sou preto
E quando eu morrer, continuarei preto

Tu Branca Fella,
Quando nasceste, eras cor rosa
Quando cresceste, ficaste branca
Apanhas sol, ficas encarnada
Tens frio, tornas-te azul
Assustas-te, tornas-te amarela
Adoeces, viras verde
E quando morreres, ficarás cinzenta

E tens tu o descaramento de me chamar de cor?

(Autor desconhecido - Aborígenes Australianos)

Chico Buarque define, sabiamente, solidão...

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto e circunstância!
Solidão é muito mais do que isto...
SOLIDÃO é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.

Francisco Buarque de Holanda
 (Poeta, compositor e cantor)

A IMPORTÂNCIA DE UM PAI

Fotografia: Filipe Fernandes & Sofia

"Quando um recém-nascido aperta com a sua pequena mão, pela primeira vez, o dedo de seu pai, agarrou-o para sempre
--Ditado Índio

O Pai tem um papel central no desenvolvimento dos filhos, a comprová-lo estão os estudos que têm demonstrado que os comportamentos e as atitudes do pai (distintas das da mãe) têm um papel determinante na estimulação de determinadas áreas do desenvolvimento das crianças.

Mãe e Pai apresentam estilos de interação qualitativamente diferentes e desempenham papéis distintos; contudo, e ainda que os seus papéis possam ser diferentes e insubstituíveis, não deixam de se complementar e de ser igualmente importantes para o desenvolvimento dos filhos.

Enquanto a mãe parece envolver-se mais em atividades relacionadas com os cuidados e as rotinas diárias, o pai tende a envolver-se em atividades de caráter mais físico, lúdico, estimulante e ativo com os filhosComo consequência, as crianças passam a esperar mais brincadeira e estimulação da parte do pai e, inclusivamente, parecem preferir brincar com ele. Porém, ainda que a mãe esteja mais associada aos cuidados diretos dos filhos e o pai às atividades de brincadeira, não se pode assumir que os pais-homens são menos capazes do que as mães de se encarregarem dos cuidados dos filhos.

O Pai parece ter igualmente um papel determinante no desenvolvimento de competências linguísticas e interpessoais da criança. Isto acontece visto que nos momentos de brincadeira e de interação entre pai e criança ocorrem trocas verbais em que o pai envia mensagens, modelando a expressão verbal e transmitindo estratégias de relação interpessoal. Para além disto, as trocas verbais que se estabelecem na interação com o pai permitem ainda à crinça o desenvolvimento da sua capacidade de processar e reter informação, e de regular os seus processos cognitivos.

Por outro lado, a presença do pai, a sua atenção e o seu calor afetivo na interação com os filhos contribuem significativamente para o saudável desenvolvimento psicossocial dos filhos. A investigação neste domínio tem demonstrado que as atividades de brincadeira com o pai, associadas às interações verbais, estão relacionadas com uma maior capacidade da criança em sociabilizar com os outros e uma maior motivação para partilhar em termos sociais.

Desta forma podemos concluir que as interações positivas com o pai promovem a aquisição e o desenvolvimento de competências intelectuais, linguísticas e sociais, facilitando assim o sucesso na aprendizagem escolar e o desenvolvimento de relações positivas com os pares.

Em suma, as diferenças nos estilos educacionais e comunicacionais entre pai e mãe parecem estimular aspetos diferentes, mas complementares, nos filhos; e assim, hoje não podemos considerar um progenitor melhor do que o outro. Ambos, pai e mãe, apresentam funções e papéis distintos que se devem apoiar mutuamente para permitir o desenvolvimento de diferentes tipos de competências na criança ao longo do seu desenvolvimento.
Feliz Dia do Pai!

Adaptação de texto de Dr.ª Cláudia Madeira Pereira
Psicóloga Clínica e Investigadora na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa

FRASE DO DIA| “Se quiseres conhecer o carácter de alguém, dá-lhe poder.” Abraham Lincoln

Mais do que o carácter, acredita-se que é possível conhecer toda a personalidade de uma pessoa observando a forma como ela utiliza o poder que possui. Na verdade, quando alguém tem a oportunidade de se impor face aos demais pode revelar-se... ou grandiosa, ou medíocre.

ESTILOS PARENTAIS


Estudos revelam que o estilo parental adotado pelos pais tem consequências no desenvolvimentos das competências cognitivas, sociais, emocionais e morais da criança.

Padrão Autoritário: os pais controlam rigorosamente os filhos, muitas vezes, com severidade. As regras que o determinam são essencialmente ordens cuja infração dá lugar a punições severas, inclusive a punições físicas. Nem tentam explicar estas regras à criança que tem de as aceitar como uma simples manifestação de poder parental: “É assim porque eu digo que é assim.”

Padrão Permissivo: neste padrão, as crianças encontram poucos “não faças” e ainda menos “faz”. Os pais tentam não afirmar a sua autoridade, impõe poucas restrições e controlo, raramente usam castigos e têm poucas exigências com os filhos.

Padrão Democrático: os pais respeitam a individualidade da criança mas também enfatizam os valores sociais. Têm confiança na sua capacidade para orientar as crianças, mas também respeitam as decisões, interesses, opiniões e personalidade destas. São afetuosos, consistentes, exigentes, firmes na afirmação dos padrões e dispostos a aplicar uma punição limitada e sensata – mesmo o bater moderado e ocasional – quando necessário dentro do contexto de uma relação calorosa e apoiante. Explicam qual é o raciocínio subjacente aos seus padrões e encorajam as trocas de opiniões verbais.

Consequências

Crianças educadas segundo o padrão autoritário tendem a:
Ser tímidas
Ser pouco comunicativas
Ser pouco independentes
Atuar influenciadas pelo prémio e pelo castigo
Ter baixa autoestima
Ser pouco alegres, irritáveis e vulneráveis à tensão

Crianças educadas segundo o padrão permissivo tendem a:
·     Ter problemas para controlar os seus impulsos
Ter dificuldades em assumir responsabilidades
Ser imaturas
Ter baixa autoestima

Crianças educadas segundo o padrão democrático tendem a:
Ter níveis elevados de autoestima e autocontrolo
Ser capazes de enfrentar situações novas com confiança e iniciativa
Ser persistentes no que iniciam
Ser independentes, carinhosas e de fácil relacionamento com os outros
Possuir critérios pessoais acerca de questões morais

· 
A tarefa dos pais não é fácil, nem simples, pois exige encontrar um equilíbrio entre a necessidade de impor regras e limites (que são fundamentais para o desenvolvimento da capacidade de estabelecer relacionamentos harmoniosos com os outros indivíduos) e proporcionar situações em que os filhos desenvolvam gradualmente a capacidade de viver a sua vida de forma autónoma, independente e com respeito pelos outros. E essa capacidade é tanto mais fácil de alcançar quanto mais a criança se sentir confiante nas suas capacidades.

As crianças sentem-se seguras quando lhes fixamos limites, mas, como diz Orlando Lourenço, “Há normas e normas, ou convicções e convicções!” ver AQUI.


O QUE DIZEM OS ESTUDOS| A sesta

Segundo estudo revelado na conferência anual da American Association for the Advancement of Science (AAAS), em San Diego, na Califórnia, a sesta a meio do dia é essencial para esvaziar o armazém cerebral temporário das memórias e assim arranjar espaço para novas aprendizagens.

Já me imagino a colocar, após hora de almoço, o seguinte aviso na porta do gabinete: "Por favor, não incomodar, estou a fazer investigação!".