O Meu Mundo em Poemas [2]

@Costa Norte de Portugal

Mar, 
Metade da minha alma é feita de maresia
***
Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim
A tua beleza aumenta quando estamos sós.
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.
***
Quando eu morrer voltarei para buscar
Os instantes que não vivi junto do mar...

Sophia de Mello Breyner Andersen
(Atlântico, p.9; Mar Sonoro, p.16; Inscrição, p.40)

ser MAIS ser MELHOR

Por que é que as pessoa recorrem à psicoterapia?
Se, na atualidade - e com a indispensável colaboração de Woddy Allen, dos Sopranos, ... -, a prática psicoterapêutica se foi integrando no nosso quotidianos urbanos, e fazendo parte de um entendimento cada vez mais extenso, de que não somos, nem podemos ser, simultaneamente, observadores e observados de nós mesmos, o facto, é que a tradição pesa e há sempre aquele momento em que alguém pergunta: mas, para quê fazer psicoterapia?

Implícito neste questionamento ainda está a ideia de que tratamentos psicológicos só podem estar relacionados com doenças mentais, com situações de enorme desvio emocional ou comportamental, com alterações de grande anormalidade ou óbvia diferença.
Não se percebe por que havia de ser assim. Seria estranho que só os doentes em fase terminal fossem ao médico, ou que só os delinquentes procurassem os advogados.

Sempre que não nos sentimos bem, sempre que a realidade pesa insuportavelmente, sempre que os dias se arrastam cansativos, sempre que os amanhãs se carregam de cores escuras ou o que foi, há muito tempo, esmaga o momento presente e a capacidade de fruir, percebemos (ou então não percebemos, mas alguém por perto nos diz)  que não estamos a saber lidar com a realidade.
As razões por que muitos de nós, em algum momento do seu trajeto , mergulham de cabeça, na desesperança e no sofrimento, são tão plurais como nós mesmos.

Muitos de nós não foram, simplesmente, treinados para lidar com a rejeição, com a agressividade, com a frustração, com o desamor, com o abandono, com o não reconhecimento, com o efémero. Outros, que até vão conseguindo gerir os seus dias pouco acidentados, deparam-se, subitamente, com perdas que convulsionam o seu mundo e os lançam em estados de desespero, de que não sabem sair.
Ninguém está preparado para tudo e, sendo assim, os nossos insucessos, as nossas doenças, os nossos múltiplos acidentes de percurso, muito provavelmente, um dia abatem-se sobre nós, com uma intensidade paralisante, ou quase.

Os que de nós conseguem entender que não têm sempre que saber tudo, resolver tudo, decidir tudo, aguentar tudo, são capazes de procurar uma psicoterapia. Umas vezes para tentar resolver um assunto específico, outras, para perceber um funcionamento repetitivo e desagradavelmente consequente.Seja pelo que for, o brinde que vem junto de um trabalho que nos obriga a pensar, a questionar as nossas razões e dificuldades é: SER MAIS, SER MELHOR.

Obrigada pela inspiração, Cibele O. P. Simões !

Não será mais simples do que imaginamos?!




Os estudos revelaram que as pessoas infelizes são as que costumam ser mais centradas nelas próprias e que, em termos sociais, com frequência são retraídas, ensimesmadas e até mesmo hostis. Já as pessoas felizes são em geral consideradas mais sociáveis, flexíveis, criativas e capazes de suportar as frustrações diárias com maior facilidade do que as infelizes.

Manter o cérebro ativo e curioso atrasa o envelhecimento










Segundo Daniel Serrão, médico especialista em Bioética, manter o cérebro ativo e "em curiosidade permanente" atrasa o envelhecimento. O especialista, de 85 anos, defende que é tão importante exercitar a mente como o corpo.

"Manter o cérebro curioso, em curiosidade permanente, faz com que o indivíduo se mantenha 'ativamente vivo', porque é no cérebro que envelhecemos". O médico salienta que as articulações podem não funcionar bem, mas não é o envelhecimento corporal que conta, é o envelhecimento do cérebro. Vemos isso muito bem nos doentes com Alzheimer e com demências senis. "Os corpos podem estar perfeitos, mas o cérebro deixou de funcionar porque envelheceu", salienta. 


Para o investigador as pessoas são cérebro e é em relação ao cérebro que é preciso trabalhar, a par do exercício físico. E a melhor forma de ativar o cérebro é mantê-lo curioso e voltado para o mundo exterior, garantindo assim o atraso no envelhecimento.

Sinto-me...

Sinto-me criança. E hei de envelhecer assim. 
Gosto de: muito miminho, 
sentir alegria inteira,
inverter prioridades,
gostar porque sim,
inventar mundos,
 inventar amores,
exigir com toda a força aquilo que desejo!
sonhar, sonhar, sonhar...
"O simples faz-me rir, o complicado aborrece-me!"...

O Bem-Estar da Criança - PARTE 2

O bem-estar da criança é fundamental para o seu desenvolvimento social e afetivo.


São vários os fatores que influenciam a qualidade de vida das crianças. Nesta publicação, abordo alguns desses fatores organizando-os em dois grandes grupos: características pessoais da criança e características sociais (família, amigos)

O sorriso da linda M é uma verdadeira delícia...e feliz!


CRIANÇA EM SI
As crianças que apresentam um bem-estar subjetivo positivo sentem com maior frequência emoções positivas e poucas emoções negativas, além de que avaliam a sua vida global de forma positiva.

Baixos níveis de bem-estar subjetivo trazem consequências negativas, tais como a rejeição e o isolamento, ansiedade e depressão, e risco de comportamentos desadaptados. O autoconceito da criança é um fator importante para a satisfação com a vida e a perceção de felicidade.
Entende-se por autoconceito global a avaliação da criança face às suas características pessoais e competência comportamental.

FAMÍLIA
A criança desenvolve-se no seio de um contexto familiar e é influenciada pelas características de pessoas significativas do mesmo, sobretudo pelas características dos pais. A natureza do desenvolvimento emocional e social precoce é a base ou alicerce do que será o seu desenvolvimento social ao longo da vida. 

A vinculação é uma relação afetiva que se estabelece entre a criança e o seu cuidador primário. Os bebés nascem com a propensão para desenvolverem comportamentos de vinculação a figuras humanas (chorar, olhar, sorrir, etc.), aos quais os cuidadores respondem, protegendo-os dos perigos ambientais e transmitindo-lhes uma sensação de segurança. Durante este período a criança vai desenvolvendo um modelo interno de vinculação que lhe fornece as representações mentais de si e dos outros. Este mecanismo precoce vai influenciar a qualidade das interações posteriores.

Ainsworth & Bell (1970) referem três tipos de comportamentos das crianças face a uma situação estranha:
  • Criança Segura: utiliza a mãe como base de exploração do meio, quando separada da mãe procura o seu contacto;
  • Criança Ansiosa-Ambivalente (ou resistente): não utiliza a mãe como base da exploração do meio, quando separada da mesma não procura o seu contacto e quando se encontram mostra-se zangada e afasta a mãe;
  • Criança Ansiosa-Evitante: não utiliza a mãe como base da exploração do meio, quando separada desta não procura o seu contacto e quando se encontram evita a mãe ou aproxima-se de forma indireta.
Estas classificações de vinculação ao longo da vida podem ser consideradas como um continuum ao nível da regulação emocional face aos afetos, acontecimentos e relações com os outros. E podem originar reações emocionais desadequadas, tais como impulsividade e agressividade verbal ou física, ou respostas extra-controladas com dificuldade em expressar as emoções.

Uma vinculação segura tem um efeito protetor, mesmo em situações psicossociais adversas, assim como suporte social. As características da família, educação e funcionamento familiar estão correlacionados com o bem-estar socio-emocional da criança, nomeadamente a sensibilidade e resposta às necessidades desta, o investimento, a perceção de competência parental por parte dos pais, em vez da agressividade, hostilidade, comportamentos punitivos e manipulativos.

Três aspetos do comportamento parental têm-se mostrado relacionados com o comportamento da criança: disciplina consistente, supervisão do seu comportamento e compreensão e carinho nas interações pais-criança.
As expetativas dos pais são um fator importante no desenvolvimento das crianças. Se os desejos e expetativas são congruentes com as características dos filhos, haverá um desenvolvimento mais positivo, caso contrário estes poderão vir a ter problemas de desenvolvimento e ajustamento.

AMIGOS
As amizades são cruciais para o desenvolvimento social da criança. A relação com os pares é especialmente significativa na infância e adolescência, uma vez que contribui para o ajustamento psicossocial, nomeadamente com o ajustamento escolar, a saúde psicológica (solidão/isolamento) e problemas de comportamento, pois estabelece-se uma relação clara entre aceitação por parte dos pares e ajustamento psicossocial.

A aceitação e a pertença a um grupo de pares têm um papel importante na forma como a criança se comporta e no seu bem-estar. As relações de amizade servem para aumentar o conhecimento sobre si própria e funcionam como suporte social.
A interação com os pares fornece um importante contexto para aprender competências sociais, competências de resolução de problemas e conhecimento social; as interações sociais duranta a brincadeira contribuem para o desenvolvimento da amizade, da autoestima e aceitação social.

Teste o seu conhecimento sobre o bem-estar global do(a) seu/sua filho(a) AQUI

O Amor a Preto e Branco





Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?...
Classic Hollywood Romances
Fotografias: Institut National de L'Audiovisuel 

Jane Fonda & Alain Delon
Paul Newman & Joanne Woodward

Alain Delon & Brigitte Bardot
Alain Delon & Romy Schneider
Jane Brikin & Alain Delon
Lauren Bacall & Huphrey Bogart
James Dean & Pier Angeli
Liz Taylor, Liza Todd & Mike Todd
Rita Hayworth & Orson Welles
Marilyn Monroe & Arthur Miller
Tony Curtis & Janet Leigh
Romy Shneider & Alain Delon
Janet Leigh & Tony Curtis
Andrey Hepburn & Mel Ferrer
Clark Gable & Marilyn Monroe
Pier Angeli & James Dean


O Vício das Compras - Oniomania.

Um em cada três europeus compra mais do que necessita. Eis uma das conclusões do recente Relatório Europeu Sobre Problemas Relacionados com Adição ao Consumo, Hábitos Pessoais de Compra e Sobre-endividamento. Mais: 5% da população europeia sofre de oniomania, perturbação do foro psicológico que requer tratamento.


Galerias Vittorio Emanuelle II @ Milão


Becky Bloom, no filme "Louca por Compras", é viciada em compras. E nem o facto de ter a conta bancária a zero, vários cartões de crédito no limite e dívidas em várias lojas lhe serve de alerta para o facto de algo muito grave estar a acontecer na sua vida. Como diz a sinopse das aventuras imaginadas pela escritora Sophie Kinsella, «a sua única esperança é tentar ganhar mais e gastar menos. O seu único consolo é comprar alguma coisa, só mais uma coisinha...»



Por tudo isto está mais que visto que a protagonista desta história se aproxima dos tais um em cada três europeus que compram mais do que precisam, numa conclusão do Relatório Europeu sobre Problemas Relacionados com a Adição ao Consumo, Hábitos Pessoais de Compra e Sobre-endividamento.

Em tempo de crise, o panorama fica ainda mais negro se tivermos em conta outro dado estatístico: 5% da população do Velho Continente sofre de Oniomania, a doença das compras diagnosticada há cerca de 30 anos, perturbação do foro psicológico que requer tratamento. A perturbação afeta quase na mesma medida homens e mulheres. No estudo divulgado pelo jornal espanhol El País, as pessoas que sofrem deste distúrbio demoram em média 10 anos a pedir ajuda.

A vítima de oniomania adquire objetos que não têm a menor utilidade, compra porque sim. «Quando a compra não é realizada, há uma sensação de angústia e mal-estar», definem os especialistas. O consumismo compulsivo pode ser desperto pela necessidade extrema de nos sentirmos especiais e/ou pode servir como forma de combater a solidão. O pior é que nenhuma destas alíneas fica satisfeita e o resultado é o agravamento de tal comportamento. À semelhança de outros vícios, os consumidores compulsivos vivem numa montanha-russa de sensações: à euforia inerente à compra segue-se a ansiedade e a desilusão.

Quando a doença piora, ou começa a chamar a atenção de amigos e familiares, a tendência é para começar a comprar às escondidas. De qualquer forma não há conta bancária ou armário lá de casa que aguentem. É então que começa o ciclo da vergonha, das mentiras e da autonegação e, com isso, a deterioração das relações sociais.

As consequências da oniomania podem ser devastadoras: casamentos falhados, carreiras destruídas, bancarrota, solidão. Crê-se que a causa da doença é uma conjugação de fatores biológicos e psicológicos. Privação emocional na infância, incapacidade para gerir sentimentos negativos, necessidade de preencher um vazio… estão na origem do problema. Uma vez diagnosticado, além de cortar todas as formas de crédito (cheques e cartões), o ideal é que alguém da família ou um amigo assuma o controlo das finanças do doente. Este deve procurar ajuda psicológica ou frequentar grupos de apoio, ao jeito de uns AA.

É importante lembrar que nem todas as pessoas que consomem muitos supérfluos sofrem de oniomania. Pessoas com bom poder de compra que não sacrificam as suas vidas para ir às compras não são necessariamente "consumistas compulsivas".



(Confesso que estou a fazer um "exame de consciência"!!...)


[oniomania (grego onê, -ês, compra + -maniaPsicopatologia:  Mania de comprar muita coisa ainda que seja desnecessário. =ONEMANIA, ONEOMANIA, ONOMANIA]

Smile :)

Ilustração by Mafalda Gomes


Kiss slowly,
laugh insanely,
live truly, and...
and forgive quickly.
Paulo Coelho

Pessoa que é ignorada sente dor física, diz estudo.

A formação de grupos é fundamental para a existência humana, e sentir-se excluído pode resultar em problemas graves para saúde física e mental.
~~~
Investigadores da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, investigaram o que faz uma pessoa sentir-se parte de um grupo e descobriram que não é preciso grande interação, às vezes um simples olhar já basta.
A pesquisa mostrou ainda que ser ignorado, até mesmo por um estranho, causa dor. «Essas pessoas que não conhece, mas que passam por si e olham-no como se fosse puro ar, têm pelo menos um efeito momentâneo», diz Eric Wesselmann, coordenador da pesquisa. «O que nós achamos mais interessante sobre isso é que agora podemos realmente falar do poder da interação humana. Ele parece ser um fenómeno muito forte», conclui.

O Meu Mundo em Poemas [1]

Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!...
Se têm a verdade guardem-na!...
(...)sou doido, com todo o direito a sê-lo...

Queriam-me casado, cotidiano, fútil e tributável?
Queriam-me o contrário disso,
o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa,
faria a vontade de todo o mundo.
Assim, como sou, tenham paciência!
Álvaro de Campos

Sorriso



Ilustração by Marta Ribeiro

No meio do nada, tu apareceste. Olhaste-me, sorriste-me, e eu fiquei muda. Muda. Tu e o teu sorriso lindo! Eu e a minha falta de palavras...! Eu olhava e tu caminhavas. Caminhavas na minha direção e sorrias. Falta de espaço, falta de frases, falta de ar...


Ai "meu deus", deixa-me viver agora. Eu preciso morar, dormir e acordar com este sorriso....


Sim, as histórias para crianças deveriam ser de leitura obrigatória para os adultos!

E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?
José Saramago

É mais ou menos assim:

Escondo a minha loucura atrás de um sorriso.
E relaxo...



O Meu Corpo e Eu...

Fotografia: Butterflies & Hurricanes

Quando falamos em imagem corporal, referimo-nos à perceção individual que cada pessoa tem do seu corpo, bem como à atitude que demonstra face à sua aparência. É, portanto, algo mais subjetivo do que objetivo. Na verdade, a imagem corporal que temos de nós próprios pode não corresponder àquela que os outros têm de nós. Aliás, é frequentemente mais negativa.
Pode ser lugar-comum criticar o corpo, mas nem por isso deixa de ser prejudicial fazê-lo, para além de outras consequências negativas, pode ocorrer a descentração face a outro género de qualidades (personalidade, valores e atos). De entre as várias perdas que podemos sofrer, contam-se as seguintes:

  • TEMPO PERDIDO: porque se gasta uma quantidade considerável de tempo e energia em pensamentos negativos e distorcidos acerca do corpo, perdendo-se tempo precioso que podia ser utilizado para investir nas relações e objetivos pessoais.
  • SONHOS PERDIDOS: em vez de se usufruir da vida no presente, fantasia-se sobre um futuro em que o “corpo perfeito" trará o passaporte para a felicidade.
  • DIVERTIMENTO PERDIDO: evitando-se o envolvimento numa vasta gama de atividades, que poderiam constituir-se como fonte de distração, satisfação, prazer e equilíbrio.
Mas… terá de ser mesmo assim? Será que não podemos ter uma imagem corporal positiva, aceitando-se imperfeições, valorizando encantos pessoais? Será que a referência que temos de usar é a imagem de perfeição irrealista que aparece na televisão e capas de revista?

O corpo faz muitas coisas boas por nós. Ele permite que vivamos, que nos movimentemos todos os dias, que alcancemos objetivos, que expressemos quem somos através dos mais diversos atos físicos, para além do bem estar que proporciona quando relaxamos, dançamos ou nos envolvemos em atividades sensuais...

Imagine-se sem matéria. Um círculo difuso. Interrogue-se sobre o que seria de admirar em si. Uma vez que é só espírito, vai ter que pensar em qualidades, princípios morais, carácter e inteligência. É fundamental considerar que a imagem corporal é apenas uma das dimensões da autoestima.

O nosso “amor-próprio” não depende exclusivamente da imagem física que construímos de nós, mas de muitos outros fatores, todos eles a serem valorizados e potenciados no sentido do bem-estar. A autoconfiança, por exemplo, é uma componente fundamental da autoestima. Sentir-se competente, acreditar que é capaz, pode constituir-se como uma importante fonte de amor-próprio, refletindo-se mesmo no resultado das ações: pensamentos positivos e expetativas elevadas de autoeficácia tendem a refletir-se em resultados mais satisfatórios...

Mas…sou da opinião que devemos “tratar” bem do nosso corpo!!
Aliás, sou da opinião de que devemos ter o hábito de nos tratarmos bem e de proporcionarmos ao nosso corpo os “mimos” que ele precisa. Pode ser uma peça de roupa, um perfume, uma massagem, um penteado novo, uma caminhada na praia, um banho de sol, exercício físico… A forma como tratamos o nosso corpo reflete aquilo que pensamos de nós.
Devemos, ainda, criar o hábito de valorizar os nossos aspetos positivos. Qual a sua característica física favorita? Aquela que não trocaria…?! Afinal, existe sempre um lado positivo na vida, e o nosso corpo não pode ser exceção!

Hoje o Fernando Pessoa faz 123 anos, poeta português.


Hoje de manhã saí muito cedo

Hoje de manhã saí muito cedo,
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...

Não sabia que caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.

Assim tem sido sempre a minha vida, e
Assim quero que possa ser sempre --
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.
     Alberto Caeiro (pseudónimo de Pessoa)

 Álvaro de Campos (pseudónimo de Pessoa)
por Noiserv 
Ah! Ser indiferente!



Um lugar qualquer no espaço




Desenvolvimento cerebral: carinho das mães é importante



As crianças em idade pré-escolar que são criadas com afeto têm um hipocampo maior, uma área do cérebro que está envolvida na aprendizagem, memória e resposta ao stress, quando atingem a idade escolar, sugere um estudo publicado nos “Proceedings of the National Academy of Sciences”.

Para o estudo os investigadores da Washington University School of Medicine em St. Louis, nos EUA, colocaram crianças entre os três e os seis anos perante uma situação frustrante. As crianças e as mães foram colocadas numa sala perante uma caixa de embrulho brilhante. As crianças foram informadas que poderiam abrir o presente, mas tinham que esperar que as mães acabassem de preencher vários formulários.

Os investigadores observaram como as mães e os filhos reagiram perante esta situação, a qual foi concebida para replicar o stress típico dos pais diariamente, ou seja, enquanto a mãe está a realizar uma tarefa, a criança precisa de controlar os seus impulsos apesar de ser confrontada com algo que ela quer naquele preciso momento.

As mães que deram apoio e ajudaram os seus filhos a controlar as suas emoções foram classificadas como carinhosas. Enquanto as mães que ignoraram ou reprenderam as crianças foram classificadas de outra forma.

Quando as crianças atingiram entre os sete e os dez anos de idade, os investigadores submeteram 92 crianças que tinham participado na experiência anterior a ressonâncias magnéticas.

O estudo revelou que as crianças que recebiam carinho das mães tinham um hipocampo 10% maior do que as crianças aos quais não tinha sido demonstrado este tipo de afeto.

Durante décadas a ciência tem demonstrado a importância da interação entre a criança e o seu cuidador, seja ele a mãe, pai, avó ou mesmo pais adotivos, no desenvolvimento emocional e comportamental da criança, revelou, em comunicado de imprensa, a autora do estudo Joan Luby. Contudo, este é o primeiro estudo que mostra claramente que “uma região chave do cérebro é mais saudável e mais bem desenvolvida nas crianças criadas com carinho e afeto”, acrescenta a investigadora.

Contudo, hoje em dia muitos pais não conseguem, como desejariam, demonstrar o seu afeto perante os filhos devido a inúmeras situações stressantes como a falta de tempo e dificuldades financeiras, ou serem mesmo pais solteiros, explica um professor de psiquiatria e do comportamento humano da University of California, Robert Myers.

“Abraçar o seu filho, ajudando-o a aprender a acalmar-se, ou passar 15 a 20 minutos por dia com ele na realização de tarefas divertidas, ajuda a manter o vínculo da relação forte. Por outro lado, as mães não devem ser tão exigentes com elas próprias. Ocasionalmente, perder a paciência não causará uma diminuição do hipocampo do seu filho. Os cérebros desenvolvem-se ao longo de anos, por isso é a qualidade geral da relação pai-filho que tem relevância”, acrescenta Robert Myers.

"Comptine d´un autre été: l´après midi" ♥


La chance c'est comme le Tour de France: on l'attend longtemps et ça passe vite!
(A sorte é como o Tour de France: esperamos por muito tempo e passa tão rápido!)

Da banda sonora de um dos meus "feel good movies" favoritos:  O Fabuloso Destino de Amélie Poulain.

O Bem-Estar da Criança - PARTE 1



O seguinte teste não tem validade científica. Contudo, como estou a trabalhar no próximo post intitulado:"O bem-estar da criança é fundamental para o seu desenvolvimento social e afetivo", pareceu-me interessante introduzir o tema de uma forma diferente e mais "prática"...

TESTE O SEU CONHECIMENTO SOBRE O BEM-ESTAR GLOBAL DO(A) SEU(SUA) FILHO(A).
06. Tem desenvolvido atividades com o(a) seu(sua) filho(a) que o(a) divirtam e façam sentir-se feliz?
a)     Sim
b)     Não
01.  Costuma conversar com o(a) seu(sua) filho(a) sobre as atividades que ele(a) desenvolveu durante o dia?
a)      Sim
b)      Não
07.  Tem conhecimento do envolvimento escolar do(a) seu(a) filho(a) com: colegas, professores, aprendizagens, futuro?
a)   Sim
b)   Não

02.  Tem conhecimento das relações e das atividades que o(a) seu/sua filho(a) desenvolve com os colegas da escola?
a)      Sim
b)      Não
08.   Sabe se o(a) seu(sua) filho(a) está contente com os seus pertences (roupas, jogos, etc) em relação a outros colegas e amigos?
a)   Sim
b)   Não
03.  Sabe se o(a) seu(sua) filho(a) se sente feliz com a sua própria vida?
a)      Sim
b)      Não
09.  Sabe se o(a) seu(sua) filho(a) gostaria de mudar alguma coisa no seu aspeto físico?
a)      Sim
b)      Não
04.  Conhece quais são os maiores medos do(a) seu/sua filho(a)?
a)      Sim
b)      Não
10.  Considera que o(a) seu(sua) filho(a) sente que os pais o compreendem?
a)      Sim
b)      Não
05.  Conhece quais são os principais objetivos e expetativas do(a) seu/sua filho(a)?
a)     Sim
b)     Não
11.   Sabe se o(a) seu(sua) filho(a) considera que os pais têm tempo suficiente para ele(a)
a)      Sim
b)      Não


10/11respostas SIM - Tem um excelente conhecimento acerca do bem-estar  do(a) seu(a) filho(a), aos mais vários níveis (pessoal, familiar, escolar e amigos). Continue a estar atento e a conversar com ele(a), de modo a manter e optimizar a vossa relação. Mas atenção: o(a) seu(sua) filho(a) precisa de espaço pessoal para desenvolver a sua autonomia.

8/9 respostas SIM - Tem um conhecimento razoável acerca do bem-estar do(a) seu(sua) filho(a), verifique qual/quais dos vários níveis: pessoal, familiar, escolar e amigos deverá aprofundar mais. Melhore a sua atenção, desenvolva atividades de interesse comum e converse mais com ele(a) de modo a manter e otimizar  a vossa relação. Mas atenção: o(a) seu(sua) filho(a) precisa de espaço pessoal para desenvolver a sua autonomia.

7 ou menos respostas SIM - Demonstra algumas falhas a nível do conhecimento que tem acerca do bem-estar do(a) seu(sua) filho(a), verifique qual/quais dos vários níveis: pessoal, familiar, escolar e amigos deverá aprofundar mais. Melhore a sua atenção, desenvolva atividades de interesse comum e converse mais com ele(a) de modo a manter e otimizar  a vossa relação. Mas atenção: o(a) seu(sua) filho(a) precisa de espaço pessoal para desenvolver a sua autonomia.