Unintented





"Aqui e ali" oiço a frase: "Se se pudesse escolher, mas não se escolhe quem se ama".... E porque se haveria de escolher?
Afinal, em todas as nossas escolhas existe sempre um potencial de engano, de erro. Porque haveria de ser diferente na escolha do amor?
Deixemo-nos de "coisas" (!!). O erro faz parte. Passamos a vida a dizer que errar é aprender, mas no amor deveríamos acertar à primeira... e porquê?!

"Para as mães eles serão sempre crianças"

Lindo! Mais um tributo, da P&G, a todas as mães...
Simples e com uma elevada carga emocional... 

You Know I'm No Good ♥


Ontem foi dia de rever, na RTP2, "Quando Amy Veio a Dingle"
Este é um filme sobre Amy Winehouse, não é um filme triste e lamechas sobre a tragédia que aconteceu, é um filme sobre a Amy que conhecíamos. Era inteligente, atrevida, generosa, era hilariante e todos conhecemos a sua voz, é um filme sobre essa Amy. Essa Amy de quem eu era (sou) fã.

***

Mas... já agora, quando falo sobre a sua morte prematura, faço sempre dois apontamentos (que podem ser generalizados para outras situações):

  1. Não foi apenas a droga que matou Amy Winehouse. A droga costuma ser apenas a superfície visível do fenómeno, é a topografia da resposta a um estilo de vida autodestrutivo. O vício chegou a um ponto que se justificava por si mesmo: ela já usava substâncias porque precisava, patologicamente, de as usar. Mas por quê? 
  2. Amy vivia cercada por um cortejo de aduladores e aproveitadores do showbiz. Para entender o que causou a sua morte não devemos apenas analisar a química das drogas que ela usou, mas que contingências a levaram a, num histórico de longa data, agir como agiu rumo à morte... Até que ponto não havia todo um meio de pessoas em seu redor que faziam uso de sua imagem de "artista genial e drogada" para criar uma marca, um carisma doentio na cantora, e até incentivavam os seus vícios com esse fim.

A Aldeia Olímpica será, nos próximos 15 dias, a Aldeia mais Multicultural do Planeta!

... com cerca de 11 mil atletas de 192 países e 13 territórios. 
Como deve ser interessante conviver com toda aquela diversidade. Principalmente, por "coabitarem" num espaço que é de todos, ninguém domina sobre sobre ninguém, ou melhor, onde só a diferença domina!...Para além do desafio associado à competição, os atletas enfrentam outro grande desafio: o desafio de aceitar e respeitar essa mesma diferença...Uma experiência única, pois aceitar e conviver com outras culturas, outras formas de estar e de pensar a realidade torna-nos mais capazes para nos aproximarmos e compreendermos o outro… torna-nos mais tolerantes...
"E se eu fosse..." Visitem o blog da talentosa Mafalda Gomes AQUI

A Multiculturalidade implica interculturalidade: “O conhecimento e a apreciação de diferentes culturas e o estabelecimento de relações de trocas positivas e de enriquecimento mútuo entre os elementos das diversas culturas, tanto no interior de um país como do mundo”.
(Conselho da Europa, 1994:8)
Acrescento, sem despersonalizar nem aculturar...

Este entendimento de interacções culturais, trata-se, não de uma situação de dádiva, por parte de uns, e recepção, por parte de outros, mas sim de um diálogo intra e entre-culturas onde cada uma se valoriza através de práticas que permitem um melhor conhecimento de si e o (re)conhecimento dos outros.


Podemos ser todos iguais se soubermos respeitar as nossas diferenças!

No More Trouble (Original de Bob Marley) - Playing for Change, com participação especial de Bono Vox.

Denúncia de plágio


A pergunta impõe-se: "Porque é que decidi ser bloguer?". Penso que pelas mesmas razões de todos aqueles que decidem ser bloguers: porque é uma forma de interagir, de expressar e de comunicar o que penso. (Com a possibilidade de dispor de um espaço sem limites, a custo zero, em que, com gozo e prazer, e mediante a livre gestão do tempo, posso abordar os meus interesses momentâneos ou de fundo. Com criatividade, com experimentação ou, simplesmente, com humor ou raiva).

Sempre gostei de partilhar. Sempre gostei poder, de algum modo, ser útil/ajudar ou, simplesmente, entreter (!!) e interagir.  Acreditem que quando algum amigo ou conhecido partilha um texto meu fico com o ego um pouco vaidoso…Mas, de seguida, penso sempre: “Será que o texto/reflexão está suficientemente bom para ser partilhado? Em termos de redação estará tudo direitinho?!..." Considero que a responsabilidade é enorme. E é, sem dúvida, nesta interação com vocês que, por um lado, encontro razões para continuar e, por outro, me motivo a procurar elevar a qualidade daquilo que escrevo.

É um processo que me dá prazer e me faz crescer…Mas nada surge de um momento para o outro, dá trabalho, um trabalho prazeroso, é verdade, mas dá trabalho…Como tal, NÃO TOLERO que façam uso dos textos que escrevo de forma leviana, apoderando-se da autoria dos mesmos.
Considero um abuso, um desrespeito, uma completa falta de ética…

Têm-me referido algumas situações, mas quem me conhece sabe que sou muito do “peace and love”!!, e não gosto de confrontos… Contudo, hoje, enquanto vagueava pela internet fui parar ao blog: “A origem do mundo – Blog destinado a discutir mistérios que intrigam o ser humano…” (até me faz rir)
O autor diz: “Odeio pessoas Hipócritas…”. Pois, e eu odeio falsos moralistas.

Resumindo (!!), o que pretendo é denunciar uma situação de plágio.
A 15 de Janeiro de 2012 escrevi o seguinte texto:
“Os Desafios da Diferença”. Reflexão efetuada na sequência da Oficina de Formação que ministrei, conjuntamente com um colega: “Desenvolver Ambientes Colaborativos de Aprendizagem/Aprendizagem Multicultural", e da responsabilidade do Alto Comissariado da Imigração e Diálogo Intercultural (Vulgo ACIDI).

Agora descubram as diferenças. Texto publicado a 18 de Julho de 2012, pelo blog "A Origem do Mundo":
Vai ser difícil, porque não existem.

Não me importo, muito pelo contrário, que partilhem/façam uso dos textos que escrevo, mas também gosto que refiram a autoria dos mesmos.
Desculpem a minha agressividade, não fui vacinada para tolerar o desrespeito (nem quero ser)!

JOGOS OLÍMPICOS ["No coração, a minha força, a minha nação"]

Desde miúda que sou fã dos Jogos Olímpicos. O curioso é que, independentemente da identidade do atleta, emociono-me com as vitórias, principalmente com as mais "suadas". Talvez por considerar admirável a capacidade do ser humano levar ao limite a sua FORÇA e a sua DETERMINAÇÃO.
"No Coração, a minha Força, a minha Nação", frase de MOTIVAÇÃO gravada no blazer dos Atletas Olímpicos Portugueses. Boa sorte para eles!
Sim, este ano há mais uma boa razão para não os perder... O tema oficial: Survival dos MUSE! Um tema que nos fala da perseverança, convicção e determinação na vitória... ADORO!


"Race, life’s a race 
And I am gonna win 
Yes, I am gonna win 
And I’ll light the fuse 
And I’ll never lose 
And I choose to survive 
Whatever it takes 
You won’t pull ahead 
I’ll keep up the pace 
And i’ll give you my strenght 
To the whole human race 
Yes i am prepared 
To stay alive 
And i won’t fogive, vengance is mine 
And i won’t give in 
Because i choose to thrive (...)
Fight! Fight! Fight! Fight! 
Win! Win! Win! Win! 
Yes i’m gonna win "

MAIS (de tudo o que me faz falta)

                                                                                                                                                                 
É habitual, quando se aproxima a data do meu aniversário, perder-me em nostalgias, reflexões e projeções… E chego sempre à mesma conclusão: Mais. Eu quero mais...

Mais conversas. Mais versos. Mais poesias.
Mais alegrias.
Mais frases e Mais fases.
Mais eu. Mais tu. Mais nós.
Mais blog e Mais voz!

Mais abraços. Mais encantos.
Mais mimos
Mais espantos.
Mais travessuras. Mais sobrinhos! Mais doçura.
 Mais momentos de ternura

Mais cumplicidade.
Mais Amor. Mais amizade. 
Mais bondade
Mais sentimentos de verdade.

Mais desafios. Mais conquistas.
Mais dinheiro no mealheiro.
Mais saúde. Mais paz. Mais justiça.
Mais tempo prá preguiça!
Mais música. Mais leitura. Mais viagens.
Mais lazer e Mais saber.
 Mais danças.
Mais sonhos e Mais esperanças.

Mais noites bem dormidas.
Mais noites em claro.
Mais sorrisos e Mais beijos.
Mais bocejos.
Mais graça…

E “dar o máximo de mim no mínimo que faça”!

Coisas que me irritam...


Quererem tirar-me fotografias "à força"!! (odeio!). Criticarem só por criticar. Dor de cotovelo/inveja. Telemarketing. Pessoas intrometidas. Males entendidos (por falta de comunicação). Impostos. Pouco dinheiro. Falta de pontualidade. Aquela mania que alguns têm em acharem que sabem tudo. Juízos de valor precipitados. A mentira (qualquer que seja, mas principalmente a leviana). Falta de humor! Pés apertados dentro dos sapatos (fico insuportável!!). Gente pessimista. Tédio. A violência no mundo. Falta de atitude. Falarem muito alto. Terminarem uma conversa com: “então vá”! Essa mania das pessoas em perguntarem: “então, quando casas?”. Ser imitada (mas depois "reavalio": esta é a forma mais honesta de elogiar!!). Espinhas. Vitimização. Bipolares não diagnosticados (e, consequentemente, não tratados!!). Pessoas que insistem em não querer saber para que serve um desodorizante!!!! Perguntarem-me, assim que me veem às segundas-feiras: “Então, como foi o teu fim-de-semana?” (que nervos!). Temperaturas acima dos 28ºC!!! (é verdade!) Condutores que não sabem contornar uma rotunda. Pessoas que falam comigo “duas vezes” e tratam-me logo por amiga (eu sei quem são os meus amigos, conto-os pelos dedos e são: lindos, loucos e meus!!). Perfume forte! Aqueles que não conseguem ver para além do seu próprio ponto de vista.  O ser incapaz de "dar o braço a torcer"/teimosia (infundada). Egocentrismo. Partir unhas. Lavar loiça. Políticos corruptos. Sentir ciúmes. Ficar sem tempo para fazer “o meu nada”. O uso de palavrões (odeio mesmo). Pseudointelectuais. Passar a ferro. A intolerância. Ser pressionada. "Pessoas com mania das grandezas (“tenho um carro tal, relógio tal, caneta tal”... vai escrever com Bic, seu deslumbrado!). Gente que tira fotografias SÓ para publicar no facebook e fingir que é feliz. Ficar no vácuo no What´s up. E, o pior de tudo: descobrir que esta lista ainda nem começou..."

Conhece-te a ti mesmo

Conta um velho conto japonês que, certo dia, um aguerrido samurai desafiou um mestre zen a explicar-lhe os conceitos de Céu e Inferno. Mas o monge respondeu-lhe, trocista: “Não passas de um estúpido e eu não posso perder tempo com gente da tua laia!”

Ofendido na sua honra, o samurai encheu-se de raiva e, puxando da espada, gritou: “Podia matar-te pela tua impertinência!”

“Isto”, replicou calmamente o monge, “é o inferno”.

Sobressaltado ao ver a verdade naquilo que o mestre lhe dizia a respeito da fúria que o dominava, o samurai acalmou-se, devolveu a espada à bainha e fez uma vénia, agradecendo ao monge aquela lição.

“E isso”, disse o monge, “é o Céu”.

A maturidade de cada um de nós pode ser medida pela consciência dos nossos sentimentos. Quando não os conhecemos ou não temos consciência deles, eles tornam-se obstáculos no nosso caminho.

O súbito despertar do samurai para o seu próprio estado de agitação ilustra a diferença crucial entre ser-se apanhado por uma vaga de sensações e tomar consciência de que se está a ser arrastado por ela. A injunção de Sócrates “Conhece-te a Ti Mesmo” refere-se a esta pedra angular da Inteligência Emocional: a consciência dos nossos próprios sentimentos no instante em que eles ocorrem.

Me, Myself & I - The Gift


Sermos capazes de prestar atenção a nós próprios é uma exigência prévia da capacidade de prestarmos atenção aos restantes; sentirmo-nos à vontade connosco próprios é condição necessária para nos relacionarmos com os outros (...)
-- Erich Fromm in Ética e Psicanálise

Viva o "dolce fare niente"!

 Hoje foi dia de "recarregar baterias" :) 
Aproveitei, ainda, para escrever a todos aqueles que estão prestes a entrar, ou já estão, de FÉRIAS!

E a pergunta que se impõe é a seguinte: Sabe o que vai fazer nas suas férias? Tenho uma boa, mas difícil, sugestão: não faça nada! Sabe "fazer nada"?
Quanto a mim, confesso que tiro (em regra) uma hora por dia para "fazer nada", e um dia por semana! Na verdade, isto é que são férias repartidas!!

Lembre-se que:
Férias é tempo de pausa, é tempo de ser e estar com os outros, é tempo de se despojar de expetativas, preocupações, horários, pressas…Férias é tempo de fazer nada, de deitar numa rede brasileira (não tem que ser no Brasil, mas se for…melhor!) e contemplar o mar. É tempo de caminhar pela serra, de relaxar no campo.

Aparentemente simples, é extremamente difícil fazer o que nos dá prazer, temos tendência a sentirmo-nos culpados, até porque isto de ter prazer…não é pecado? Bem, a nossa forte cultura judaico-cristã ensinou-nos a sentir muito a culpa. Culpa de quê? Às vezes de nada. Sermos capazes de nos censurar é positivo, mas não deverá é tomar conta da nossa vida. Já agora, nas escrituras originais, “pecar” é quando fugimos aos nossos objetivos, é quando nos desviamos do nosso propósito de vida!...

O tempo de lazer é extremamente importante para os adultos, jovens e crianças. Além de proporcionar qualidade de vida, permite desenvolver aptidões e habilidades. O tempo de descanso permite-nos relaxar e lidar com o stresse do dia-a-dia. É o tempo ideal para conviver, partilhar os nossos sentimentos e ajuda-nos a desenvolver a nossa inteligência emocional. Para jovens e crianças é ideal o contacto com a natureza, principalmente para os que vivem em ambiente citadino, pois estimula a curiosidade e a criatividade.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES A DESENVOLVER NAS FÉRIAS
  • Divirta-se, faça algo que gosta, que lhe dê prazer, todos os dias;
  • Aprenda alguma coisa sobre si todos os dias, sobre o que gosta de fazer;
  • Faça algo de diferente todos os dias, estimule a sua criatividade e desenvolva formas de observar o mundo de diferentes perspetivas (sem juízos de valor), fazendo coisas que podem ser simples e engraçadas;
  • Não faça nada, descanse, relaxe;
  • Conviva, esteja verdadeiramente com os outros;
  • Faça da viagem (se for o caso) uma diversão…

E depois… Depois traga um pouco dessas férias para o seu dia-a-dia!

Ação, Reação, Repercução

Capítulo 1
Há 7 Meses

Enquanto almoçava com o CN, comentei: “Está decidido, vou criar um blog”, ao que ele respondeu: ”Vai em frente... tens é de pensar no nome”…
Dirigimo-nos para o carro, entramos,…ligou o rádio…Comecei a rir. O nome está escolhido!
Estávamos a ouvir MUSE e a primeira faixa a tocar foi: “Butterflies and Hurricanes”.
"Borboletas e Furacões" – Teoria do Caos: a ideia central, desta teoria, é a de que uma pequenina mudança no início de uma sequência de comportamentos (por exemplo) pode trazer consequências enormes e absolutamente desconhecidas no futuro. Pode parecer assustador, mas basta pensarmos em simples situações da nossa vida para perceber o quão sentido faz esta ideia.

Pretendendo abordar, principalmente, temas da minha área (Psicologia) o nome assenta que nem uma luva! (O meu caos de expetativas, buracos negros e revelações!)

 

Continuava insatisfeita: faltava-me a “imagem do blog”…

Capítulo 2
Em Maio

Li na “Cronologia do Facebook” de uma amiga: “Meus amigos... preciso do vosso voto... estou a concorrer para um projeto da Princess Pea e se gostarem deste meu desenho, cliquem nele e coloquem o vosso voto... há mais ilustradores a concurso, e se gostarem, votem também...
Gostei, votei…Entre outros trabalhos lindíssimos, gostei muito da Ilustração da simpática Mafalda Gomes.  (TRABALHOS AQUI)

Visitei o seu blog (http://mafaldapuu.blogspot.pt/) e enamorei-me pelo seu talentoso trabalho.
Decido dedicar uma publicação (neste blog) ao seu trabalho. A Mafalda teve conhecimento e comentou a mesma, agradecendo a partilha. VER AQUI
Respondo ao comentário. Trocamos breves mensagens e o resultado é este:

Quis contar a história deste desenho, porque ela tem tudo a ver com o nome do blog. Esta ilustração teve início num simples “clique"!...
“O bater de asas de uma borboleta na China pode provocar, pouco tempo depois, um furacão no Caribe.”-- Edward Lorenz.

Foi assim com a história deste desenho, mas na nossa história pessoal o princípio é o mesmo: pequenos cliques na nossa vida podem provocar grandes, e desejadas, reviravoltas... A lei é simples e clara: ação, reação, repercussão.

Há pessoas que passam no mundo como cometas brilhantes...


 ...e as suas existências nunca serão esquecidas. Aristides de Sousa Mendes foi uma dessas pessoas. Cônsul brilhante, marido feliz, pai orgulhoso, teve a sua vida destruída quando, para salvar 30.000 Judeus, ousou desafiar as ordens de Salazar.

"O Cônsul de Bordéus" é um filme, em estilo biográfico, escrito por António Torrado e João Nunes. que pretende prestar homenagem a este grande português (tão ou mais "importante" que Oskar Schindler), um herói com uma coragem sem limites...



SINOPSE: Alexandra Schmidt, uma jornalista portuguesa vai até Viana do Castelo para entrevistar o maestro brasileiro Francisco de Almeida, que se vai reformar. Aí confronta-o com o seu verdadeiro nome, Aaron Apelman. A curiosidade da jornalista leva o maestro a recordar uma série de eventos passados no longínquo mês de Junho de 1940, quando, aos 10 anos de idade, e ainda com esse nome, foi salvo da perseguição nazi pela ação do cônsul de Portugal em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes. O cônsul, por esses dias, é um homem dividido : sabe que os refugiados hebreus, em número cada vez maior, precisam de vistos para alcançar Portugal e daí partir para o Novo Mundo, mas tem as mãos tolhidas pela famigerada Circular 14, de Salazar, que proíbe a emissão de vistos a judeus. A pressão do rabino Krueger e a força das convicções católicas do próprio Sousa Mendes acabam por levar a melhor. O cônsul decide desobedecer a Salazar...

Entretanto, e enquanto o filme não estreia nos cinemas portugueses, deixo uma sugestão de leitura: "O Cônsul Desobediente", de Sónia Louro.

Nascido numa família com laços à aristocracia, cursa Direito em Coimbra e opta por uma carreira consular. Vive nos locais mais exóticos de África e nos mais cosmopolitas da Europa. Cônsul de Bordéus durante a Segunda Guerra Mundial, é procurado por milhares de refugiados para quem um visto para Portugal é a única Salvação. Sem ele, morrerão às mãos dos alemães...

"Não participo em chacinas, por isso desobedeço a Salazar!" (A. Sousa Mendes)

Só é possível compreender o seu feito se nos colocarmos no seu lugar: destruiríamos a nova vida (de conforto) e a da nossa família em nome da caridade e do amor ao próximo?
Até ao seu derradeiro fôlego, Aristides nunca se arrependeu…

Aristides morreu a 3 de Abril de 1954 no Hospital da Ordem Terceira, de uma trombose cerebral e uma bronco-pneumonia. Sem roupa para ser enterrado, o hospital deu-lhe vestes de franciscano com as quais foi sepultado.
Salazar enviou um telegrama a César (seu irmão gémeo), no qual escreveu apenas duas palavras: “Sentidos pêsames”.


Trailer do Livro

Frase do dia: "All together now!"



Numa das primeiras publicações do blog, já falei desta publicidade da OPTIMUS, porque razão?!
Veja  AQUI 
(Afinal trata-se de um caso de ... "Comichão Cognitiva")

Das páginas do meu diário [1]



(...) Choro com frequência, não controlo, não consigo controlar...Mas a verdade é que também não quero controlar...
(...) As manifestações de carinho e amizade ajudam-me… os amigos têm-se revelado verdadeiros amigos o que apazigua este vazio que sinto… e poder desabafar contigo ajuda-me.
(...) Sei que sou uma privilegiada enquanto filha porque lhe disse várias vezes o quanto a amava, porque a acompanhei até ao último minuto, por me ter dito várias vezes que se orgulhava de mim, por não ter ficado nenhum “se” entre nós… Contudo, a ferida é tão recente e a dor é tão forte que existem momentos em que penso que não serei capaz de superar, estou perdida, desorientada… A nossa cumplicidade era tanta que parecíamos duas pessoas numa só…era o meu porto seguro e eu o seu. Perdê-la foi sempre o meu maior medo...agora, já nada temo… Este é o meu estado de alma: triste, profundamente triste. Estou a tentar fazer o luto: assistir a tudo, mexer na roupa, ver fotografias, ler as cartas -  que sempre terminavam:“(...) Beijinho da mãe que te adora e que sempre estará contigo” -, … mas estes sentimentos de perda, dor, revolta…estão a consumir-me…já não me reconheço (...)

Amo-te Por Todas as Razões e Mais Uma

             
Fotografia: Institut National de l'audiovisuel
                                                 
Por todas as razões e mais uma. Esta é a resposta que costumo dar-te quando me perguntas por que razão te amo. Porque nunca existe apenas uma razão para amar alguém. Porque não pode haver nem há só uma razão para te amar.

Amo-te porque me fascinas e porque me libertas e porque fazes sentir-me bem. E porque me surpreendes e porque me sufocas e porque enches a minha alma de mar e o meu espírito de sol e o meu corpo de fadiga. E porque me confundes e porque me enfureces e porque me iluminas e porque me deslumbras.

Amo-te porque quero amar-te e porque tenho necessidade de te amar e porque amar-te é uma aventura. Amo-te porque sim mas também porque não e, quem sabe, porque talvez. E por todas as razões que sei e pelas que não sei e por aquelas que nunca virei a conhecer. E porque te conheço e porque me conheço. E porque te adivinho. Estas são todas as razões.
 (Joaquim Pessoa, in "Ano Comum")

Mas há mais uma: porque não pode existir outro como tu...


Eu Sei que Vou te Amar - Tom Jobim. 
Composição: Vinícios de Moraes

Persistente mania...


"Sou bem mais feliz que triste, mas às vezes fico distante. E perco-me em mim mesma como se não houvesse começo nem fim nessa persistente mania de pensar e (tentar) encontrar explicação para a vida."

Stresse [1]

“Stresse é o processo complexo através do qual um organismo responde aos acontecimentos que fazem parte da vida do dia-a-dia suscetíveis de ameaçar ou de pôr em causa o bem-estar desse organismo”. (Gautchel, Baum & Krantz, 1989)

~~~

Não existe nenhum ser humano que esteja livre de se confrontar com situações potencialmente stressantes. O stress é natural e por vezes indispensável.
Ao contrário do que se possa pensar, este pode surgir em resposta a um acontecimento/circunstância que cause uma grande alegria ou uma grande tristeza.
É um erro pensar que o stresse deve ser evitado sempre que possível, pois muitas vezes não é evitável e pode ser essencial à evolução da nossa espécie. Como um dia ouvi dizer: "O Stresse é o sal da vida!". O que devemos evitar é o stress excessivo, assim, temos o Eustress, o nível positivo de stresse e o Destress, o nível negativo de stresse.
O stresse é uma resposta do organismo a uma exigência que lhe é feita, é a resposta a uma necessidade de adaptação.
Por outro lado, segundo Lazarus e Launier (1978), para que um acontecimento seja stressante, tem de ser apreciado como tal, caso contrário o sujeito não sentirá stresse.
Encontramos diferenças individuais na apreciação e reação ao stresse. Verificamos que pessoas diferentes face às mesmas fontes de stresse têm sobre elas perceções diferentes, e, por outro lado, a mesma pessoa em momentos diferentes perceciona a mesma fonte de stresse de forma mais ou menos ameaçadora. Depende da sua história e acontecimentos de vida e experiências passadas. A saúde atual (física e psíquica) também contribui para a resistência ao stresse.
(Continua)
***
Entretanto, teste a sua capacidade de lidar com o stresse do dia-a-dia!
I – Costuma divertir-se com amigos ou com a família?
     a)      Quase sempre
     b)      Às vezes
     c)       Raramente
II – Procura atividades relaxantes que lhe provoquem bem-estar?
     a)      Quase sempre
     b)      Às vezes
     c)       Raramente
III – Pratica atividade física (atividade moderada ou intensa)?
     a)      Quase sempre
     b)      Às vezes
     c)       Raramente
IV – Aos fins-de-semana costuma fazer algo diferente e agradável?
     a)      Quase sempre
     b)      Às vezes
     c)       Raramente
V – Dá e defende a sua opinião quando os seus colegas têm uma opinião diferente?
     a)      Quase sempre
     b)      Às vezes
     c)       Raramente
VI – Procura ajuda de amigos quando tem um problema e está triste?
     a)      Quase sempre
     b)      Às vezes
     c)       Raramente
VII – Quando tem um problema, foca-se e tem uma atitude ativa na resolução do problema?
     a)      Quase sempre
     b)      Às vezes
     c)       Raramente
VIII – Pensa nos aspetos positivos das situações?
     a)      Quase sempre
     b)      Às vezes
     c)       Raramente
IX – Mesmo em situações difíceis, esforça-se por ter sucesso?
     a)      Quase sempre
     b)      Às vezes
     c)       Raramente
X – Mantém relações próximas de amizade?
     a)      Quase sempre
     b)      Às vezes
     c)       Raramente

Mais respostas a)
Apresenta uma ótima capacidade de lidar com o stresses do dia-a-dia. Tem tendência para se empenhar em tudo o que faz, sente que tem controlo sobre a sua vida e o seu bem-estar, avalia as situações novas como desafios a ultrapassar com sucesso. Tenta compreender as verdadeiras causas do stresse.

Mais respostas b)
Vai gerindo o stresse do seu dia-a-dia, mas poderia sentir um maior bem-estar e um maior controlo sobre a sua saúde física e psicológica. 

Mais respostas c)
Apresenta bastantes dificuldades em gerir o stresse do seu dia-a-dia. não esquecer que o stresse em excesso pode provocar perturbações físicas e psicológicas. Deve ter uma atitude mais proativa e otimista, não se deixe invadir por um estado emocional não positivo.

NOTA: O presente teste não apresenta validade científica.

O Meu Mundo em Poemas [3]


~~~

A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te oiço a passada
existir como eu existo.
***


A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho.
Fernando Pessoa

Sinto-te...

O Desenho e o Desenvolvimento Infantil

Os rabiscos ganham complexidade conforme a criança cresce e, ao mesmo tempo, impulsiona o seu desenvolvimento cognitivo e expressivo.

Diogo - 2 anos

No início, o que se vê é um emaranhado de linhas, traços leves, pontos e círculos que, muitas vezes, se sobrepõem em várias “camadas”. Poucos anos depois, já se verifica uma cena complexa, com edifícios e figuras humanas detalhadas.

O desenho acompanha o desenvolvimento das crianças como uma espécie de radiografia. Nele, vê-se como se relacionam com a realidade e com os elementos da sua cultura e como traduzem essa perceção graficamente.

Toda a criança desenha. É algo que ela aprende por imitação – ao ver os pais a escrever ou os irmãos a desenhar, por exemplo. O prazer de produzir um traço sobre o papel faz a criança agir.

No período da produção de rabiscos/gatafunhas, ocorre uma importante exploração de suportes e instrumentos. A criança experimenta, por exemplo, desenhar nas paredes ou no chão e interessa-se pelo efeito dos diferentes materiais e formas de manipulá-los, como pressionar os marcadores com força e fazer pontinhos. Essa atitude de experimentação tem um valor indiscutível. Para a criança “ver é crer”, e o desenho desenvolve-se com base nas observações que ela realiza sobre a sua própria ação gráfica.
De início, desenha pelo prazer de riscar sobre o papel e pesquisa formas de ocupar a folha. Com o tempo, a criança procura registar os elementos do mundo que a rodeia.

Uma das principais funções do desenho no desenvolvimento infantil é a possibilidade que oferece de representação da realidade. Trazer os objetos vistos na sua realidade/mundo para o papel é uma forma de lidar com os elementos do dia-a-dia.
Quando uma criança veste uma roupa da mãe, entende-se que ela esteja a procurar entender/experimentar o papel da mulher. No desenho ocorre a mesma coisa. A diferença é que ela não usa o corpo, mas a visão e a motricidade.

Margarida - 4 anos

Desenhar é uma forma da criança lidar com a realidade que a cerca, representando situações que lhe interessam. Mais cedo ou mais tarde, todas elas se interessam em registar no papel algo que seja reconhecido pelos outros. No começo, é comum observar o que se convencionou chamar de boneco girino. Uma primeira figura humana constituída por um círculo de onde sai um traço representando o tronco, dois riscos para os braços e outros dois para as pernas.

Matilde - 2 anos e meio (a Matilde e o Papá) 

Depois, essa figura incorpora cada vez mais detalhes, conforme a criança refine o seu esquema corporal e ganhe reportório imaginário ao ver desenhos da sua cultura e dos próprios colegas.


Maria - 6 anos (a Modelo sou eu!)

Uma das primeiras pesquisas das crianças, assim que entram na figuração, é a relação topológica entre os objetos, como a proximidade e a distância entre eles, a continuidade e a descontinuidade e assim por diante. Em seguida, interessam-se em registar tudo o que sabem sobre o modelo ao qual se referem no desenho, e é possível verificar o uso de recursos como a transparência (o bebé visível dentro da barriga da mãe, por exemplo) e o rebatimento (a figura vista, ao mesmo tempo, por mais de um ponto de vista). Assim, a criança vai aproximando-se das noções iniciais de perspetiva e escala, estruturando o desenho numa cena, sem misturar na mesma produção elementos de diferentes contextos. 

Mariana - 5 anos
O desenho é espontâneo ou é fruto da cultura? 

"A única coisa que sabemos ser universal no desenho infantil são os rabiscos. Tudo o resto depende do contexto cultural", diz Rosa Iavelberg.

Detalhes da figura humana, noções de perspetiva e realismo visual são elementos da evolução do desenho.
O desenho é uma forma de linguagem que tem os seus próprios códigos. Para se aproximar do que ele expressa, é preciso fazer uma escuta atenta enquanto ele é produzido.


A relação entre a aquisição da escrita e a diminuição do desenho ocorre porque a escola dá pouco espaço a este quando a criança se alfabetiza…

Agradeço a todos os pequenos (grandes) artistas que me emprestaram os seus lindos desenhos para a presente publicação.

Motivação


O mundo está nas mãos daqueles que têm coragem de sonhar e de correr o risco de viver os seus sonhos.

 (material com fins educativos)
Vale a pena ver!