"O Cônsul de Bordéus" é um filme, em estilo biográfico, escrito por António Torrado e João Nunes. que pretende prestar homenagem a este grande português (tão ou mais "importante" que Oskar Schindler), um herói com uma coragem sem limites...
SINOPSE: Alexandra Schmidt, uma jornalista portuguesa vai até Viana do Castelo para entrevistar o maestro brasileiro Francisco de Almeida, que se vai reformar. Aí confronta-o com o seu verdadeiro nome, Aaron Apelman. A curiosidade da jornalista leva o maestro a recordar uma série de eventos passados no longínquo mês de Junho de 1940, quando, aos 10 anos de idade, e ainda com esse nome, foi salvo da perseguição nazi pela ação do cônsul de Portugal em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes. O cônsul, por esses dias, é um homem dividido : sabe que os refugiados hebreus, em número cada vez maior, precisam de vistos para alcançar Portugal e daí partir para o Novo Mundo, mas tem as mãos tolhidas pela famigerada Circular 14, de Salazar, que proíbe a emissão de vistos a judeus. A pressão do rabino Krueger e a força das convicções católicas do próprio Sousa Mendes acabam por levar a melhor. O cônsul decide desobedecer a Salazar...
Entretanto, e enquanto o filme não estreia nos cinemas portugueses, deixo uma sugestão de leitura: "O Cônsul Desobediente", de Sónia Louro.
Nascido numa família com laços à aristocracia, cursa Direito
em Coimbra e opta por uma carreira consular. Vive nos locais mais exóticos de
África e nos mais cosmopolitas da Europa. Cônsul de Bordéus durante a Segunda
Guerra Mundial, é procurado por milhares de refugiados para quem um visto para
Portugal é a única Salvação. Sem ele, morrerão às mãos dos alemães...
"Não participo em chacinas, por isso desobedeço a Salazar!" (A. Sousa Mendes)
Só é possível compreender o seu feito se nos colocarmos no seu lugar: destruiríamos
a nova vida (de conforto) e a da nossa família em nome da caridade e do amor ao próximo?
Até ao seu derradeiro fôlego, Aristides nunca se arrependeu…
Aristides morreu a 3 de Abril de 1954 no Hospital da Ordem
Terceira, de uma trombose cerebral e uma bronco-pneumonia. Sem roupa para ser
enterrado, o hospital deu-lhe vestes de franciscano com as quais foi sepultado.
Salazar enviou um telegrama a César (seu irmão gémeo), no
qual escreveu apenas duas palavras: “Sentidos pêsames”.
Trailer do Livro
Já "plantaste o bichinho" da curiosidade. Vou procurar o livro e vou lê-lo! Muito interessante!
ResponderEliminarBeijos
Cátia, fico feliz por ter conseguido! Acredita que vale mesmo a pena ler(se estivesse mais perto emprestava!). Também estou curiosa em relação ao filme.
EliminarBeijinho.