Conta um velho conto japonês que, certo dia, um aguerrido samurai desafiou
um mestre zen a explicar-lhe os conceitos de Céu e Inferno. Mas o monge
respondeu-lhe, trocista: “Não passas de um estúpido e eu não posso perder tempo
com gente da tua laia!”
Ofendido na sua honra, o samurai encheu-se de raiva e, puxando da espada,
gritou: “Podia matar-te pela tua impertinência!”
“Isto”, replicou calmamente o monge, “é o inferno”.
Sobressaltado ao ver a verdade naquilo que o mestre lhe dizia a respeito da
fúria que o dominava, o samurai acalmou-se, devolveu a espada à bainha e fez
uma vénia, agradecendo ao monge aquela lição.
“E isso”, disse o monge, “é o Céu”.
A
maturidade de cada um de nós pode ser medida pela consciência dos nossos
sentimentos. Quando não os conhecemos ou não temos consciência deles, eles
tornam-se obstáculos no nosso caminho.
O súbito despertar do
samurai para o seu próprio estado de agitação ilustra a diferença crucial entre
ser-se apanhado por uma vaga de sensações e tomar consciência de que se está a
ser arrastado por ela. A injunção de Sócrates “Conhece-te a Ti Mesmo” refere-se
a esta pedra angular da Inteligência Emocional: a consciência dos nossos
próprios sentimentos no instante em que eles ocorrem.
Me, Myself & I - The Gift
Sermos capazes de prestar atenção a nós próprios é uma exigência prévia da capacidade de prestarmos atenção aos restantes; sentirmo-nos à vontade connosco próprios é condição necessária para nos relacionarmos com os outros (...)
-- Erich Fromm in Ética e Psicanálise
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ResponderEliminarxx chris
Hello Ed! Thanks for the comment :) Kiss
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