Em 1978, foi atribuído a Herbert
Simon o Prémio Nobel da Economia pelo seu estudo sobre a “Racionalidade
Limitada”. Nesse estudo demonstra que, habitualmente, somos pouco sistemáticos
e racionais na tomada de decisão, que apresentamos uma capacidade limitada para
processar e avaliar as informações das diversas alternativas possíveis e que
tendemos a usar estratégias elementares invocando apenas alguns aspetos das
noções disponíveis.
Segundo a sua teoria sobre a
racionalidade limitada, ao usarmos este tipo de estratégias, devido às nossas
limitações cognitivas acabamos por adotar decisões “irracionais” que se
revelam, por vezes, pouco acertadas ou até irresponsáveis quando efetuadas sob
circunstâncias de incerteza. Estas limitações reforçam a ideia de parar para
pensar. É indispensável que qualquer decisão que tomemos tenha como base uma
atitude de humildade, na qual procuramos adquirir o conhecimento necessário
para desencadear um pensamento crítico e criterioso, que passa por pôr em
questão todos os argumentos que utilizamos e despender o tempo e o esforço
necessários para pensarmos por nós próprios de uma forma racional. Porque as
decisões devem ser tomadas sem subterfúgios como crenças, demagogias ou uma
falsa consciência grupal.
Não estamos apenas a tentar
interpretar o mundo e a dar uma mera opinião, mas sim a participar na sua
transformação.
O próximo video, de apenas 51 segundos, demonstra como é habitual recorrermos a "atalhos mentais" nos nossos julgamentos...
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