© Fotografia: Butterflies & Hurricanes
@ Lisboa
- O Eurostat em Portugal indica que, entre 2010 e 2015, a percentagem da população com 65 anos e mais se manterá acima da dos jovens com 15 anos.
- Segundo a OMS, apenas 30% dos idosos do mundo inteiro estão a beneficiar de reformas ou subsídios de velhice e invalidez, o que torna muito difícil a existência e os expõe a riscos acrescidos de violência, quer em ambiente familiar, quer institucional.
- Face a esta faixa crescente de população, para a qual as estruturas sociais não parecem preparadas, várias preocupações se levantam, sendo as questões do abuso as mais “gritantes”.
- O abuso no idoso pode assumir várias formas: física, sexual, emocional, abandono e negligência
- É no seio da família que os maus tratos ocorrem com maior frequência. Apesar da escassez de estudos a este nível, as estatísticas da OMS indicam que 4 a 6% da população idosa tenha experienciado alguma forma de abuso em casa. No topo da lista dos agressores aparecem os filhos. Segundo o investigador José Ferreira-Alves, da Universidade do Minho, muitas vezes, os idosos são vítimas de violência por quem deles deveria cuidar.
- Segundo estudo levado a cabo pelo investigador José Ferreira-Alves, o mau trato que mais prevalece é o abuso emocional. A realidade encontrada aponta para 40% a percecionarem solidão extrema, 27% refere não existir diálogo com a família direta, 22% afirma ser vítima de violência sempre sempre que discorda do cuidador, sendo que 14% refere ser ameaçado de colocação em lar. No que se refere à violência física, denotou-se mais prevalente em idades avançadas. A falta de óculos, de aparelhos auditivos e outros instrumentos de apoio médico é outro tipo de negligência, muitas vezes promovida pelo Estado.
A velhice é frequentemente conotada com : perda de aparência física, proximidade
da morte, aumento da dependência, comportamento mais lento. Entre outras
atitudes negativas, neste domínio é possível encontrar:
- O “Automorfismo Social”, isto é, o não reconhecimento da unicidade do idoso;
- A “Gerontofobia”, medo irracional de tudo o que se se relaciona com o envelhecimento e velhice;
- O “Agism”, que se refere a todas as formas de discriminação com base na idade;
- A “Infantilização”.
Todas estas atitudes impedem o
reconhecimento das capacidades reais do idoso, do seu potencial, da sua força
de recuperação, do seu juízo crítico, bem como da sua avaliação de vida.
Se o envelhecimento da população
é uma aspiração natural de qualquer sociedade e, depois de esta continuamente
desenvolver esforços no sentido de prolongar a vida humana, então oferecer
condições adequadas aos idosos para viverem com bem-estar é um importante
desafio que se coloca a toda a sociedade. A todos nós, portanto!
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