TEXTOS DE PSICOLOGIA| Comportamento agressivo em contexto escolar
É
fundamental saber discriminar violência do que não é.
Define-se violência como a utilização de agressão ou poder/influência física ou psicológica,
ameaça face a outra pessoa, grupo ou comunidade. Tem como objetivo ferir o outro, física ou psicologicamente, incluindo a
manipulação e sedução como forma de obter algo, coagir ou demonstrar domínio e
poder sobre o outro.
A violência
escolar inclui o bullying e pode ter graves consequências: pode resultar em
mal-estar, lesões, morte, danos psicológicos ou exclusão e isolamento social.
CAUSAS da
Violência
Não se pode identificar uma causa única para o
comportamento agressivo, propõe-se uma abordagem compreensiva baseada no modelo
biopsicossocial, ou seja, na origem do
comportamento agressivo está a interligação entre fatores biológicos,
ambientais e interpessoais e fatores de personalidade.
A violência resulta da junção e articulação de
diversos fatores de vida e ambiente do indivíduo.
FATORES
PROTETORES DA VIOLÊNCIA
São aspetos da criança, do adolescente ou do seu
ambiente que diminuem o risco de vir a desenvolver comportamentos violentos:
- Fatores biológicos e atitude intolerante face a comportamentos violentos;
- Relação próxima e afetiva com a família reduz a vulnerabilidade da criança e do adolescente de ter comportamentos violentos ou de ser vítima de um;
- Disponibilidade e proximidade dos professores, escola com médico, enfermeiro, psicólogo, equipa da escola segura e ainda apoio social;
- Elevado envolvimento e participação pró-social na escola e na comunidade envolvente.
FATORES DE
RISCO
São fatores que aumentam a probabilidade de
envolvimento em comportamentos violentos, quer como vítimas, quer como
agressores:
- Fatores biológicos (alguns estudos salientam a predisposição biológica para a agressividade).
- História de agressão precoce, consumo de substâncias antes dos 12 anos de idade; ousadia elevada; baixo nível cognitivo (baixo nível de inteligência). Crianças e adolescentes agressivos podem apresentar uma tendência para uma perturbação a nível da personalidade, caraterizada por um desrespeito pelo outro, falta ou ausência de empatia dificuldades de ligações intimas e comportamento impulsivo.
- Fraco envolvimento familiar, criminalidade parental, fraca supervisão parental e separação/afastamento dos pais. A presença de condutas agressivas no seio do contexto familiar e social próximo da criança ou do adolescente podem servir de modelos na adoção de comportamentos agressivos por parte destes e funcionar como estratégia aprendida e reforçada de resolução de conflitos.
- Fraco envolvimento escolar e precoce insucesso académico.
- Pertença a uma comunidade predominantemente com estatuto baixo/muito baixo, fracas ou infraestruturas inexistentes.
- Exclusão social e discriminação na escola e na comunidade envolvente. A exposição à exclusão e à discriminação, tendo como base características pessoais dos alunos (peso, aparência física, handicap físico ou etnia) estão associados a níveis menos favoráveis de saúde mental e de ajustamento; ou seja, fatores como acontecimentos de exclusão ou de discriminação vão afetar a identidade e a autoestima global do sujeito, assim como provocar um contexto de stresse, levando, consequentemente, a problemas emocionais e comportamentais.
BULLYING
“Uma pessoa
está a ser vítima de Bullying quando se encontra exposta, de forma repetida e
ao longo do tempo, a ações negativas por parte de uma ou mais pessoas.”—Dan Olweus
Atualmente falar de violência escolar é também falar
de bullying.
O bullying
implica maus tratos continuados e repetidos e não deve ser confundido com a
agressividade normal na infância e na adolescência e, obviamente, implícita nas
diferentes brincadeiras. A intencionalidade de fazer mal e a persistência de
uma prática violenta a que vítima é sujeita é o que diferencia o bullying
de outras situações ou comportamentos agressivos.
O bullying
pode ser identificado por meio de algumas ações: colocar alcunhas, ofender, gozar, humilhar, fazer sofrer, discriminar,
excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, intimidar, aterrorizar,
amedrontar, tiranizar, dominar, agredir, bater, empurrar, pontapear, ferir,
roubar, partir pertences,…
O bullying é entendido atualmente como
uma prática prejudicial ao convívio daqueles que são considerados “diferentes”
da maioria e que são perturbados pelas brincadeiras “pesadas” dos seus
companheiros.
Essas
brincadeiras de mau gosto são conhecidas pelo termo inglês bullying que significa
“intimidar, ameaçar”, ou seja, são atitudes de agressão verbais, físicas e/ou
psicológicas cometidas contra um aluno, ou contra uma minoria.
A melhor
maneira de identificar o bullying é observar quando uma
alcunha ou uma brincadeira se torna demasiado repetitiva e constrangedora,
perceber se a vítima se afasta do convívio com os demais ou das atividades
coletivas.
Os autores das
agressões muitas vezes são pessoas que não se importam com os outros e são
incapazes de perceber a situação do outro, geralmente são muito populares, e
são oriundos de famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre
pais e filhos é muito pobre ou inexistente.
O bullying
é um problema mundial, um problema do ser humano imaturo, um fenómeno
encontrado em qualquer escola, não estando restrito a nenhum tipo específico de
instituição: primária, básica ou secundária, pública ou privada, rural ou
urbana.
Cinco tipos
de bullying
- Físico: violência física (bater, agredir, dar pontapés, empurrar, dar encontrões e puxões);
- Verbal: Violência verbal (ameaçar, arreliar, iniciar rumores e fazer comentários agressivos);
- Relacional/Racial: exclusão de grupos sociais/comportamentos racistas;
- Sexual: Abuso ou assédio sexual e
- Ciberbullying: difamação com recurso às novas tecnologias (redes sociais, por exemplo).
Próxima
Publicação| PESSOAS ENVOLVIDAS: espetador, vítima e agressor
Refletindo sobre...| Legalização de "barrigas de aluguer", em Portugal, deverá ser votada em Maio
Quem são as barrigas de aluguer/mães
hospedeiras?
“Barriga de aluguer/Mãe
hospedeira refere-se, habitualmente, àquela mulher fértil que deu o seu acordo
para desenvolver uma gravidez para um casal, com quem estabeleceu uma relação
prévia contratual, perante o qual se compromete a entregar a criança
recém-nascida e a renunciar a qualquer direito maternal.”
Para começar a minha (humilde)
reflexão, inicio debruçando-me sobre as palavras “mãe” e “hospedeira”. E aqui,
surgem-me já algumas dúvidas: Mãe? Mas qual Mãe? E o que é ser mãe? Hospedeira?
Mas não serão todas as mães também hospedeiras?
Na verdade, com o avanço das
novas tecnologias reprodutoras, o conceito tradicional de família alterou-se,
pois deu-se a separação progressiva das diversas componentes – mãe: mãe
genética (produtora ou dadora do óvulo), mãe gestadora (encarregada do
desenvolvimento do feto) e a mãe cuidadora (que assume o desenvolvimento
psicossocial da criança).
Mas, afinal, qual destas três
será a mãe verdadeira? Se entregássemos a Salomão a tarefa de resolver este
assunto, será que ele mandaria partir a criança em três? E qual das mães “prescindiria”
da sua parte para que a criança ficasse inteira, viva? Deixarei a pergunta em
aberto, mas penso que talvez as três…
Será que a mulher que traz na
barriga durante 9 meses um bebé de outrem será apenas hospedeira/barriga de
aluguer, isto é, será uma situação passageira que depois é esquecida e em que
não há trocas entre ambos que irão durar toda a vida?
Claro que durante a gravidez há
ligações não só afetivas e psicológicas, mas também fisiológicas e biológicas. Sabemos
que as ligações hormonais, transmissão de imunidade, incompatibilidade
sanguínea, etc., são feitas com a mãe que gera. Posso aqui concluir que o
ambiente da gravidez é extremamente importante e, se pudesse quantificar aquilo
que é genético e aquilo que é ambiental na gravidez, talvez pudesse dizer que
este último aspeto é maioritário.
E será que a bi(tri)partição da
entidade materna terá algumas vantagens? Ou será apenas desvantagens?
Como argumentos
a favor poderei nomear os seguintes:
- Possibilitar o acesso à maternidade genética e/ou social a mulheres que, de outro modo, não a poderiam alcançar;
- Possibilitar a parentalidade aos casais homossexuais;
- Aceitar a especialização (na área da gestação) numa época de especializações;
- O útero é um órgão reprodutor, não é um órgão sexual – atividade sexual e reprodutora não são uma e mesma coisa;
- Podemos esperar bebés melhores se geneticistas, biólogos, endocrinologistas de reprodução, perinatologistas e mães gestadoras “derem as mãos”.
E quais as desvantagens? Vou ao
outro lado da moeda!
Era uma vez um feto…E a importância da aprendizagem fetal? A
partir da 6.ª semana de gestação começam a sensibilidade à luz e as capacidades
gustativas e a partir do 7.º mês a aprendizagem das capacidades auditivas. E a
vinculação intra-uterina? O estudo sobre os ruídos intra-amnióricos e o seu
efeito no choro dos latentes e ainda a exposição prolongada do recém-nascido ao
batimento cardíaco materno diz-nos que leva a criança a comer mais, a dormir
melhor e a chorar menos.
E era uma vez uma mulher… E a ligação entre o bebé de fantasia, o
bebé imaginário e o bebé real?
Para terminar, deixo mais uma
questão em aberto: será que, mais uma vez, os ditados antigos, populares, é que
estão certos? Veremos daqui a alguns anos se, na verdade, se confirma que PARIR
É DOR, CRIAR É AMOR!
O QUE DIZEM OS ESTUDOS| Se queres maximizar a tua atenção, escuta esta seleção!
Ouvir música para melhorar a nossa concentração é uma ótima estratégia. Partindo desta ideia, e fazendo uso da
neurociência e da psicologia, a empresa focus@will desenvolve faixas
musicais que visam maximizar a nossa concentração.
A distração…
O homem desenvolveu a sua audição
na pré-história por questões de sobrevivência – ficar atento a predadores. Hoje
em dia essa já não é a grande necessidade/preocupação do ser humano, mas o seu
sistema auditivo mantém-se apurado. É por isso que a nossa distração é causada, principalmente, pela audição. Por exemplo: se, neste preciso momento,
ouvir um ruído estranho vai parar de ler este texto para tentar perceber que
ruído é esse!
A concentração…
Muitas empresas colocam música
ambiente para aumentar a produtividade dos seus colaboradores. Contudo, isso
pode ser um grande erro. Se a faixa musical não for bem escolhida, podemos
passar o dia com "aquele" refrão na cabeça (músicas que provocam a chamada “comichão
cognitiva” VER SIGNIFICADO AQUI), e isso não favorece em nada a nossa concentração!
Segundo a focus@will, o tempo
médio que cada um de nós consegue estar concentrado são períodos de 20 minutos.
Mas com a faixa musical correta, esse tempo poderá ser prolongado para períodos
de 100 minutos.
Então…
Se queres maximizar a tua
atenção, escuta esta seleção!
Fonte: exame.com
Naquele instante e naquele lugar ...
©Fotografia/Imagem: Butterflies & Hurricanes| Liliana Fernandes
No meio do nada, tu apareceste.
E, como que por acaso, naquele instante e naquele lugar, os nossos olhares, que vagos giravam,
cruzaram-se… Olhaste-me, sorriste-me, e eu fiquei muda. Muda! Tu e o teu
sorriso lindo! Eu e a minha falta de jeito...! De súbito fui invadida por aquela
sensação de ritmo cardíaco a disparar e maças do rosto a
corar! Pânico! Caminhavas na minha direção e sorrias... E eu? E eu
completamente desarmada...
EM VIAGEM| RHÔNE-ALPES: LA CLUSAZ - TALLOIRES - VEYRIER-DU-LAC
Como já referi em publicações anteriores referentes a esta viagem, optamos por viajar até Genève para depois seguirmos até Annecy para nos deliciarmos com o seu lago, a cidade e os seus canais que lembram Veneza. Depois decidimos subir, subir até aos 2600 m. Ou seja, decidimos apreciar a neve em La Clusaz. Comuna francesa do Departamento da Alta Saboia, da região do Ródano-Alpes, que se situa a cerca de 28 km de Annecy e aos pés do maciço de Aravis e do colo de Aravis.
Obs. 1: A viagem de Annecy até La Clusaz de autocarro (bus 62| Empresa Lihsa) fica, ida e volta, por 16€.
Na descida decidimos ficar por Talloires. Devido à sua localização maravilhosa no Lago Annecy, Talloires tornou-se popular desde que foi (re)descoberta por uma sociedade privilegiada de artistas e escritores.
A sua beleza natural, a sua tranquilidade e os seus chalés dos anos 30 são um luxo e um apelo ao romance!
Obs. 2: A viagem de Talloires até Annecy de autocarro (bus 61| Empresa Lihsa) fica por 1,5€.
Ainda houve oportunidade de almoçarmos em Veyrier-du-Lac.
Alpes, até breve, muito breve!...
Fotografias| Butterflies & Hurricanes
EM VIAGEM| Rhône-Alpes - E na hora de dormir (em Annecy)...
Annecy encanta até os turistas mais exigentes.
Habitada por uma população extremamente simpática, recetiva e orgulhosa da sua
cidade, que faz com que o visitante se sinta sempre bem-vindo (e com muita vontade de regressar, no meu caso!). Foi
assim que fui acolhida no hotel escolhido. Um hotel com um ambiente muito familiar e acolhedor
e com pormenores deliciosos, pormenores tipicamente alpinos…
Pormenores do Hotel Central
Compondo a mesa do "petit dejeuner"
Descompondo a mesa do "petit dejeuner" :)
E o passeio continua...
Próximo destino: La Clusaz...
©Fotografias| Butterflies & Hurricanes
Pharrell Williams| Happy WE ARE FROM LISBON
A Rota Diagonal-Filmes apresenta o remake "Happy" de Pharrell Williams nos melhores cenários de Lisboa. 24h de filmagens sob o mote "Helping you are Happy".
Realização . Gonçalo Silva
Produção . Alexandre Gomes Ferreira
Edição . Vasco Vieira . Tito Olias
DOS DIAS DE PRIMAVERA
Fim-de-semana em Barcelos com a melhor das companhias... A da doce afilhada.
O concelho de Barcelos está marcado profundamente pela história que advém da própria história e fundação de Portugal, vale a pena visitar.
@ museu arqueológico de Barcelos
@ museu da olaria
"Moça risonha, que ri e sonha"...
© Fotografias| Butterflies & Hurricanes
Qual a relação existente entre uma celebração de carácter religioso (Páscoa) com o hábito de se presentear as pessoas com ovos de chocolate?
© Fotografia| Butterflies & Hurricanes
Para responder a essa pergunta, precisamos de retroceder no tempo, até uma
época em que o próprio cristianismo ainda estava longe de se tornar uma religião.
Nas antigas culturas espalhadas pelo Mediterrâneo, no Leste Europeu e
no Oriente, o uso do ovo como presente era algo bastante comum. Em geral, esse
tipo de manifestação acontecia quando os fenómenos naturais anunciavam a
chegada da primavera.
Não por acaso, vários desses ovos eram pintados com algumas gravuras que
tentavam representar algum tipo de planta ou elemento natural. Noutras
situações, o enfeite do ovo festivo era feito através da cozedura desse com alguma
erva ou raiz impregnada de algum corante natural. Atravessando a Antiguidade,
este costume ainda se manteve vivo entre as populações pagãs que habitavam a
Europa durante a Idade Média. Período em que muitos desses povos realizavam
rituais de adoração a Ostera, deusa da Primavera.
Nas suas representações mais comuns, esta deusa pagã era representada na
figura de uma mulher que observava um coelho saltitante enquanto segurava um
ovo nas mãos. Nesta imagem há a conjunção de três símbolos (a mulher, o ovo e o
coelho) que reforçavam o ideal de fertilidade comemorado entre os pagãos.
A entrada destes símbolos para o conjunto de festividades cristãs aconteceu com
a organização do Concilio de Niceia, em 325 d.C.. Neste período, os clérigos
tinham a expressa preocupação de ampliar o seu número de fiéis por meio da
adaptação de algumas antigas tradições e símbolos religiosos a outros eventos
relacionados com o ideal cristão. A partir de então, observaríamos a pintura de
vários ovos com imagens de Jesus Cristo e sua mãe, Maria.
No auge do período medieval, nobres e reis de condição mais abastada costumavam
comemorar a Páscoa presenteando os seus com o uso de ovos feitos de ouro e
cravejados de pedras preciosas. Até que chegássemos ao famoso (e bem mais acessível!)
ovo de chocolate, foi necessário o desenvolvimento da culinária e, antes disso,
a descoberta do continente americano.
Ao entrarem em contato com os maias e astecas, os espanhóis foram responsáveis
pela divulgação desse alimento sagrado no Velho Mundo. Somente duzentos anos
mais tarde, os franceses tiveram a ideia de fabricar os primeiros ovos de
chocolate da História. Depois disso, a energia desse calórico extrato retirado
da semente do cacau também reforçou o ideal de renovação sistematicamente
difundido nessa época.
EM VIAGEM| Rhône-Alpes: Annecy, a "Veneza dos Alpes"
Continuando a passear pela Veneza dos Alpes, a vila onde as flores abundam, onde não há gondoleiros, mas há cisnes...
Na primeira publicação sobre esta viagem AQUI, partilhei, para além de imagens do lago de Annecy, famoso por ser um dos mais limpos do mundo, algumas informações práticas. Desta vez, partilho apenas imagens e espero que gostem. Na próxima publicação, "viajamos" até Talloires.
Mas, caso queiram mais pormenores relativos a transportes, horários, preços, ... não hesitem em perguntar. Adoro viajar, mas também me dá imenso prazer ajudar a planificar viagens...
Vamos então ao nosso passeio pelo centro de Annecy?! ...
Palácio de l’Isle,
edifício da Idade Média onde, em tempos, funcionou uma cadeia, uma casa de
cunhagem de moeda e mais tarde um tribunal.
Mercados de Rua
Igreja de Notre Dame
A Porte Sainte-Claire, é uma das entradas para a cidade e ao lado dele é a Casa Gallo, que tem uma fachada do século XVIII.
Detalhes
As loiças típicas dos Alpes
Detalhes...
Os corações dominam nos Alpes.
Canal du Vassé
Ao fundo o Chateau d'Annecy, obra começada
no século XII e terminada no XVI, com uma bela vista sobre o casario da cidade,
onde funciona um museu com coleções etnográficas, arte contemporânea,
arqueologia e história natural.
©Fotografias| Butterflies & Hurricanes - Liliana Fernandes
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