O QI (Quociente de
Inteligência) e a inteligência emocional não são capacidades opostas, mas
destintas. Todos os seres humanos compatibilizam competências intelectuais e
emocionais. Na verdade, há uma ligeira correlação entre intelecto e aspetos da
Inteligência Emocional. Deste modo, a performance dos indivíduos na sua vida é
determinada não apenas pelo QI, mas principalmente pela Inteligência Emocional.
Na verdade, o intelecto não pode dar o melhor de si sem a Inteligência
Emocional, ambos são parceiros integrais na vida mental. Quando esta relação é
positiva, a Inteligência Emocional aumenta, assim como a capacidade
intelectual.
Deve-se estabelecer um equilíbrio entre ambas e não a supressão dos sentimentos. Todos os sentimentos têm o seu valor e significado. Gerir as emoções é a chave para o bem-estar emocional. Há sentimentos que desestabilizam emocionalmente os indivíduos, como a raiva, a ansiedade ou a melancolia.
É possível melhorar a inteligência
emocional?
Goleman defende que a Inteligência Emocional pode ser
alcançada através do treino e do esforço, mas isso requer persistência. Antes de
mais, é necessário que as pessoas identifiquem exatamente o que querem alcançar.
Devem identificar situações nas quais costumam utilizar as emoções de modo mais
disfuncional. Ao realizar esse tipo de exercício durante um período, mais ou
menos longo, a pessoa poderá substituir as emoções que deseja eliminar/gerir
por outras mais adequadas e positivas, que acabam por se tornar naturais e
automáticas.
Goleman reforça que a melhor maneira de tornar as pessoas
mais inteligentes emocionalmente é começar a educá-las desde crianças. Os pais
que são efetivamente preparadores emocionais, ou seja, educar os filhos
emocionalmente e prepará-los para enfrentar os desafios da vida com
inteligência. Ensiná-los a como reagir nas diversas ocorrências que podem vir a
acontecer e dar-lhes estratégias para lidar com altos e baixos da vida.
Passa também pelo facto de os pais desenvolverem a sua
própria Inteligência Emocional para perceber os sentimentos dos filhos e serem
capazes de compreendê-los, tranquiliza-los e guiá-los, reconhecer a emoção como
uma oportunidade de intimidade e orientação, ouvir com empatia e legitimar os
sentimentos da criança, ajudar as crianças a verbalizar as emoções, promover a
autonomia, impor limites e ajudar a criança a encontrar soluções para os seus
problemas.
Os pais têm um papel fundamental na educação emocional dos
filhos, mas também a escola deve assumir esse papel desenvolvendo algumas
iniciativas promotoras e facilitadoras da Inteligência Emocional dos alunos e
professores.
Também a nível profissional, cada vez mais o sucesso depende
de outros fatores além da inteligência e do espírito de trabalho. As relações
interpessoais, a capacidade de trabalho em
grupo, a capacidade de ouvir e de se colocar na posição de outros, a capacidade
de ouvir a nossa consciência, tornaram-se fundamentais num mundo em que cada
vez mais o trabalho é realizado em equipa.
A ler:
Inteligência Emocional Parte I
Inteligência Emocional Parte II
A ler:
Inteligência Emocional Parte I
Inteligência Emocional Parte II
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