Nós somos aquilo em que pensamos?
Nós não obtemos aquilo que queremos, obtemos aquilo que somos...
E aquilo que somos é aquilo que pensamos...
Se pensar "não sou capaz", não serei mesmo capaz. Mas se pensar "sou criativo, sou capaz, tenho inspiração, sou bom nisto, sou perseverante...", a obra nasce, é ou não é verdade?
Os pensamentos em que acreditamos são as nossas crenças (penamentos continuados), que desencadeiam emoções, e delas dependem, numa porproção direta, aquilo que a vida nos dá.
Penso no fracasso, na derrota, terei fracasso e derrota. Penso no sucesso, na vitória, terei sucesso e vitória.
[Causa - Efeito]
A causa é o pensamento e o sentimento, o efeito é a maniefestação.
Reconhecer as causas é realmente pensar (admito que por vezes é desgastante e gera desassossego!).
Ouvi, há já algum tempo, uma entrevista feita por Judite de Sousa a alguém que tinha superado mais de uma dezena de cancros... como é possível? Para além de outras contigências, deve-se muito à força mental, pensamento positivo, acreditar na cura, pensamentos de bem-estar... Meio caminho andado para a cura de uma doença é a crença nessa cura, a ausência de dúvidas, de medo... mas acreditar com todas as forças nessa verdade...Vou Vencer.
Pensando no hipocondriaco, este procura e procura a doença até que encontra uma, dirá: "Estão a ver, afinal tinha razão, sempre tenho uma doença". Não acredito nisso, acredito que a sua crença na doença a tornou real.
Daniel Sampaio compara a ação dos psicólogos aos remos de um barco: orientamos, apoiamos, ajudamos, mas a força tem de ser de quem rema.
Mais uma vez a força, o poder daquilo em que se acredita.
Perante uma depressão, uma obsessão, uma dependência... a pessoa pode obter ajuda junto de um pscólogo/psiquiatra, recorrer a medicação, mas vencer...vencer depende principalmente dela.
Recordo-me de um filme fantástico baseado na vida do matemático John Nash (Prémio Nobel da Economia): "Uma mente brilhante". John Nash (protagonizado pelo fabuloso Russel Crowe!!) era esquizofrénico. A esquizofrenia não tem cura. O esquizofrénico tem de ser medicado e nunca terá uma vida dita normal. John Nash foi várias vezes internado, era medicado, mas conseguiu algo absolutamente extraordinário: consciencializou-se da sua doença ("Eu sou esquizofrénico e tenho alucinações") e usou toda a sua racionalidade para distinguir o real do imaginário (alucinações). O poder da mente em todo o seu esplendor.
A força do nosso EU é capaz de tudo: sucesso/insucesso; saúde/doença; mais longevidade/menos longevidade;...
Aquilo que somos é aquilo que pensamos...E o que a vida dá é aquilo em que pensamos/acreditamos.
Não esquecer, contudo, que só "quando trabalhamos muito por uma coisa, (é que) todo o Universo conspira para o alcançarmos".
Quando Goethe defende que é preciso "trabalhar" para alcançarmos os nossos objetivos, significa que, eventualmente, precisamos alterar contigências na nossa vida e de agir de forma operante sobre elas.
Em suma, é preciso acreditar e AGIR. Só assim o mundo, efetivamente, muda e o Universo conspira a nosso favor!