Depois das causas sociais e
económicas, uma das razões que levam ao mau trato das crianças é a crença entre
os adultos de que algumas delas são más realmente. Más por dentro e não apenas
capazes de se comportarem mal em certas situações!...
É errado interpretar os
comportamentos da criança de um ponto de vista da lógica do adulto. E acredite
que esta tendência existe em muitos pais, professores e talvez mesmo nalguns
psicólogos. Além de, em geral, ser errado de um ponto de vista científico
pensar que as crianças são adultos em ponto pequeno, tal crença tem
consequências pedagógicas funestas. Uma delas é fazer-lhes exigências lógicas,
sociais, ou morais para as quais não estão preparadas. O trabalho infantil é
talvez a forma mais condenável da mentalidade adulta aplicada à criança. Outra,
de consequências também muito negativas, é pensar que ela é má, quando se trata
de inocência ou de saudável maroteira.
Se pensarmos que a criança é má, será
inevitável a tendência para tratarmos mal. Física e psicologicamente. Se pensarmos
em vez disso que é apenas marota e inocente, então a tendência é para falar com
ela. Para lhe explicar, por exemplo, o que é certo ou errado.
Não se esqueçam: quando muito a
criança é marota. Ou seja, é ingénua na sua “maldade”, não procurando, por
isso, esconder as suas maroteiras.
Einstein dizia que a natureza
física é subtil, não maliciosa. Mas se alguém é subtil e não malicioso, as
crianças são o candidato mais sério a ocuparem o primeiro lugar.
Olho para o meu sobrinho e penso:
Más as
crianças?!...Nem pensar. Quando muito, são marotas!...
E nisso têm muita graça.
MUITA GRAÇA.
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