Caprichosos, mimados, egocêntricos. A lista de adjetivos é interminável quando falamos de filhos únicos.
MAS SERÃO ESSAS CACTERÍSTICAS COMUNS A TODAS AS CRIANÇAS QUE CRESCEM SEM IRMÃOS?
Num século em que a maioria dos casais opta por ter apenas um filho, os especialistas sublinham a importância dos limites, regras e afetos na educação. Ao contrário do que se possa pensar, um filho único pode representar um desafio maior do que gerir uma família numerosa. O risco de criar um pequeno ditador existe, mas é contornável com bom senso e imposição de limites. Estejam atentos: transformar o vosso(a) filho(a) numa criança responsável, sociável e com autoestima elevada só depende de vocês.
Não existem “famílias ideais” ou um número ideal de filhos por casal. Um filho único não tem necessariamente que ser um pequeno ditador, impertinente e intolerante. Tudo depende da educação e da relação que se estabelece entre pais e filhos: as pessoas são bastante complexas e, nessa medida, uma característica da história pessoal não dita o futuro.
Há especialistas que têm uma visão mais radical. Na opinião destes, é frequente que os filhos únicos sejam arrogantes e com sentimentos de grandeza. Defendem que (os filhos únicos) têm mais dificuldade em temperar o seu egoísmo natural. Paralelamente, os filhos únicos podem também ser crianças demasiado tímidas e introvertidas, por não terem passado por um processo de socialização que a existência de irmãos permite.
Para contrariar esta tendência, e para que a criança se sinta bem consigo própria, é fundamental que os pais sejam dialogantes e envolventes. Assim, tentem proporcionar ao vosso(a) filho(a) um ambiente rico em estímulos e sentimentos positivos. Transmitam-lhes valores e regras que o(a) ajudem a crescer de forma equilibrada, responsável e aberta ao mundo e, sobretudo, não cometam os exageros comuns da superproteção. Imponham limites, mas concedam também alguma liberdade: tropeçar, cair, errar e voltar a erguer-se são contrariedades que fazem parte do crescimento.
VANTAGEM DE SE SER FILHO ÚNICO: maior atenção e tempo recebidos por parte dos pais.
DESVANTAGEM: isolamento em que a criança pode viver, caso os pais tenham vidas muito ocupadas. Ela terá de brincar e passar muito tempo sozinha, podendo desenvolver sentimentos de desamparo e abandono.
A criança que tem irmãos vive desde cedo a experiência do ciúme e da partilha, uma vez que tem um “rival” face ao amor dos pais, enquanto o filho único concentra em si toda a atenção de ambos, para o bem e para o mal.
Assim, a forma como um filho é desejado e criado não depende da quantidade ou inexistência de irmãos, mas da educação e relação que se estabelece com ele.
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