(...) Antes que o sol se vá
Como um gesto de agonia
Cairás nos olhos meus
Soledad
Como um gesto de agonia
Cairás nos olhos meus
Soledad
Indiazinha,
Indiazinha tão sentada
Na cinza do chão deserta
Que pensas, não pensas nada!
Soledad,
Soledad,
Na cinza do chão deserta
Que pensas, não pensas nada!
Soledad,
Soledad,
Que a vida é toda secreta.
Como estrela,
Como estrela,
Como estrela nestas cinzas
Antes que o sol se vá
Nem depois não virá Deus
Soledad,
Soledad,
Nem depois não virá Deus (...)
Antes que o sol se vá
Nem depois não virá Deus
Soledad,
Soledad,
Nem depois não virá Deus (...)
-- Poema de Cecília Meireles
Pesquisadores da Universidade de Chicago concluem que a solidão é tão prejudicial à saúde, ao bem-estar físico e mental como a obesidade ou o vício de fumar.
A sensação de rejeição aumenta a pressão sanguínea, o nível de stresse e a probabilidade de desenvolver Alzheimer. Os solitários também têm dificuldade para dormir e uma diminuição de glóbulos brancos no sangue – o que prejudica o sistema imunológico. Consequentemente, causam perturbações psicológicas e isolamento social.
SUGESTÃO
Livro: Nagasáqui de Éric Faye, Gradiva Publicações.
Individualismo e solidão. Onde começa um e onde acaba o outro? Convivem de mãos dadas? Este romance fala disso mesmo. Relata a história de um homem que vive isolado numa casa silenciosa, perto dos estaleiros de Nagasáqui. Não gosta do canto das cigarras mas aprecia a ida, diariamente, à estação meteorológica da cidade. Conta escrupulosamente e regista os mantimentos que guarda no móvel da cozinha, até porque ele sabe que neste mundo os imprevistos, ainda que possam ser previstos, acontecem…
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