No livro “A Arte de Memorizar”, de Joshua Foer, encontramos um capítulo intitulado: “O fim do recordar”, no qual é abordada a história da memorização, e é curioso constatar como esta faculdade humana foi perdendo “protagonismo”.
Antes da invenção da imprensa, por exemplo, as poucas pessoas que tinham acesso a livros, os quais eram manuscritos, não tinham, em regra, a oportunidade de os consultar mais do que uma vez. Era necessário memorizar o seu conteúdo. A transmissão oral de conhecimentos era, pela inexistência de outros meios, importante e necessária.
Como atualmente possuímos diversos mecanismos externos de armazenamento de informações (cadernos, livros, telemóveis, computadores e a própria internet), os mecanismos internos de memorização foram-se tornando irrelevantes. Não precisamos mais de memorizar o telefone de ninguém, temos o telemóvel para isso; nem de saber a data de aniversário dos nossos amigos, pois o Facebook sabe; nem de guardar qualquer informação específica aprendida em sala de aula, afinal é só pesquisar no Google e encontrámos a informação em poucos segundos...
Foer afirma que "… estamos acostumados a não lembrar… dependemos tanto da tecnologia que não confiamos na nossa memória".
Acho que os mecanismos externos de armazenamento de informação ainda não afectaram, de todo a minha memória !!! ainda bem!! :D
ResponderEliminarEfectivamente é uma realidade que cada vez mais nos irá afectar, mas será que também vamos perdendo inteligência e sabedoria sem darmos conta?
Beijinho Liliana.
Meu querido Ricardo, tão bom "ver-te" por aqui :)
EliminarSugiro que leias a publicação: "Os superficiais" http://butterfliesehurricanes.blogspot.com/2012/01/os-superficiais-o-que-internet-esta.html
Acredito que podemos comprometer a nossa capacidade intelectual. Se não exercitarmos algumas das suas dimensões: a curiosidade, reflexão, espírito crítico...ela acomoda-se e acabamos por não explorar todas as suas potencialidades.
Beijinho Rico.