Histeria



"It's bugging me
Grating me
And twisting me around..."



Histeria é um tipo de neurose que se caracteriza, predominantemente, pela transformação da ansiedade subjacente para um estado físico. A palavra vem do termo grego “hystéra”, que significa útero. A própria palavra sugere o caráter feminino da doença, já que era atribuída a uma disfunção uterina.

As pessoas que sofrem de histeria apresentam uma situação de pânico intensa, traduzida sobre a forma de sintomas físicos, como por exemplo, paralisia, cegueira, surdez, etc., perdendo assim o autocontrole.
Sigmund Freud (1856-1939) estudou os mecanismos psíquicos da histeria, e concluiu que os distúrbios poderiam abranger os sentidos da visão, audição, paladar e olfato e variar desde simples sensações até a anestesia total e intensas dores agudas.

A maioria dos sintomas da histeria apresenta-se de forma combinada com outros tipos de distúrbios neuróticos. Quem sofre de histeria geralmente possui problemas em manter um relacionamento, seja de que natureza for.
O doente deve fazer psicoterapia cognitiva comportamental, acompanhada por tratamento farmacológico. A psicoterapia possibilita que a pessoa entenda os seus próprios sentimentos e simbologias, além de aprender a lidar com eles coordenadamente.


Freud e Breuer falam sobre a Histeria na sua Comunicação Preliminar (1893) e, posteriormente, nos seus Estudos Sobre a Histeria (1895)
"De maneira análoga, as nossas pesquisas revelam que a maioria dos sintomas histéricos são desencadeados por causas que só podem ser descritas como traumas psíquicos. Qualquer experiência que possa evocar afetos aflitivos tais como os de susto, angustia, vergonha ou dor física — pode atuar como um trauma dessa natureza; e o fato de isso acontecer de verdade depende, naturalmente, da suscetibilidade da pessoa afetada (bem como de outra condição que será mencionada adiante). No caso da histeria comum não é rara a ocorrência, em vez de um trauma principal isolado, de vários traumas parciais que formam um grupo de causas "desencadeadoras". Essas causas só puderam exercer um efeito traumático por adição e constituem um conjunto por serem, em parte, componentes de uma mesma história de sofrimento. Existem outros casos em que uma circunstância aparentemente trivial se combina com o fato realmente atuante ou ocorre numa ocasião de peculiar suscetibilidade ao estímulo e, dessa forma, atinge a categoria de um trauma, que de outra forma não teria tido, mas que daí por diante persiste". (Std. Ed. VolII pág.41)

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