Esperar NÃO BASTA





Cada um de nós tem sonhos mais ou menos arrojados, e “matarmos os nossos sonhos é matarmo-nos”, mas todos sabemos que apenas sonhar não basta. É necessário agir com persistência, esforço e determinação para alcançar os objetivos. Para além disso, também é necessário que os próprios sonhos sejam passíveis de se realizar, que não sejam quiméricos ou desajustados da realidade…
Sim, necessitamos de SONHOS e de muita DETERMINAÇÃO, esperança só não chega. Essa, toma ao longo da vida diferentes caminhos, como o do otimismo, da fé, por vezes até o da ilusão…
Confiar na vida parece dar sentido, trazendo um sentimento positivo e de força. Mas a esperença acaba indubitavelmente por fazer-nos crer no destino, tornando-se num empecilho, reforçando e justificando a nossa impotência em detrimento da determinação, sugerindo que eventualmente tudo se resolve por si, com tempo…e que nem tudo depende de nós…
E assim se penhora o futuro…investindo na esperança…

Já beberam sumo de fruta, hoje?!

Segundo um estudo publicado na revista especializada "American Journal of Medicine", beber com frequência sumo de fruta e de outros vegetais reduz até 76% o risco de contrair Alzheimer.

Investigadores americanos e japoneses acompanharam quase 2 mil pessoas ao longo de 10 anos e verificaram que as pessoas que beberam sumos de frutas e de outros vegetais, pelo menos 3 vezes por semana, obtiveram 76% menos probabilidades de contrair Alzheimer, comparativamente com aqueles que apenas consumiram uma vez semanalmente. O estudo vem consolidar a teoria de que as substâncias antioxidantes , existentes nos frutos e vegetais (polifenóis), evitam a acomulação, no cérebro, de proteínas que estão ligadas ao Alzheimer. Segundo a porta-voz da britânica Fundação para a pesquisa de Alzheimer, Harriet Millward, "a dieta, que quase sempre tem um papel importante no risco de se ter Alzheimer, é um atrativo para a pesquisa, porque oferece uma alternativa económica de combate à doença". Afirmou mesmo que frutas e vegetais, conhecidos por manterem sob controlo a pressão sanguínea, podem ainda reduzir o risco de Alzheimer, pela sua relação com a dificuldade de circulação do sangue pelo cérebro.

E tens tu o descaramento de me chamar de cor?

"Cara Branca Fella,
Pequenas coisas que deverias saber:
Quando nasci, nasci preto
Quando cresci, cresci preto
Apanho sol, sou preto
Tenho frio, sou preto
Assusto-me, sou preto
E quando eu morrer, continuarei preto

Tu Branca Fella,
Quando nasceste, eras cor rosa
Quando cresceste, ficaste branca
Apanhas sol, ficas encarnada
Tens frio, tornas-te azul
Assustas-te, tornas-te amarela
Adoeces, viras verde
E quando morreres, ficarás cinzenta

E tens tu o descaramento de me chamar de cor?

(Autor desconhecido - Idioma dos Aborígenes Australianos)

Pensa muitas vezes sobre UM e DOIS


Em cada dez coisas deste mundo oito ou nove não correm de acordo com os meus desejos; e existe apenas meia dúzia de pessoas com as quais consigo comunicar. Supondo que aceitamos isto, existirão ainda pelo menos "UMA ou DUAS" coisas entre cada dez que realmente correm conforme os nossos desejos. Não te posso ajudar muito, tudo o que posso fazer é dizer-te que penses nestas "UMA ou DUAS coisas", para te focalizares nas coisas boas, para enfatizares as alegrias, para acossares a tristeza que eventualmente possas sentir... Como amiga isto é o melhor que posso fazer POR TI!

Estímulos visuais afetam poder de decisão!

De acordo com o estudo realizado por pesquisadores belgas e publicado na revista especializada  The Proceedings of the Royal Society B, contemplar uma mulher bonita pode prejudicar a capacidade de um homem tomar decisões. Os autores do estudo realizaram uma experiência e constataram que os homens induzidos por imagens de mulheres bonitas, ou vestidas apenas com lingerie, tiveram um pior desempenho do que os que não tinham visto imagens com conotação sexual. Os resultados indicam que imagens com conotação sexual distraem o raciocínio dos homens e impedem-nos de se concentrarem adequadamente nas suas tarefas, especialmente aqueles que já têm altos níveis de testosterona. Os pesquisadores da Universidade de Leuven seleccionaram 176 voluntários heterossexuais, com idades entre os 18 e 28 anos. " O facto de que homens se distraem mais com estímulos sexuais adequa-se à própria experiência da evolução", afirma George Fieldman, professor de psicologia de uma universidade britânica.
Haverá alguma novidade?!?!

Que enorme desafio este de crescer!!...

Disseste-me que gostarias de te chamar Beatriz. Porquê? Não sei. Talvez porque sim… Não temos de ter justificações para tudo, não é verdade?!
Então (Beatriz), porque és uma adolescente linda, e como falar contigo é sempre um prazer... escrevi este texto a pensar em ti, "a partir ti” e para ti…

Os pais dão-nos apoio e afeto…mas às vezes, em certas alturas, ou a partir de certa altura, é mesmo preciso mais…é tão bom que gostem de nós pelo que nós somos, como “pessoas” (e não “apenas” como filhos), é tão bom quando discutimos veemente as nossas ideias uns com os outros, é tão bom quando levamos aquela camisola tão gira e sentimos que olham para nós, é tão bom quando nos derretemos no primeiro beijo (numa altura em que estávamos quase a achar que só os outros andariam aos beijinhos).
Os pais “tomam conta” e preocupam-se, mas não entendem que os nossos amigos não são “contra” eles…são “outra coisa”. Quando os pais se alarmam e começam a impor as regras não partilhadas, mais ditadas pelo receio do que pelo bom senso…tantas vezes aos gritos ou em tom de ameaça…então começam o “braço de ferro”, as discussões, a mentira e o afastamento…

Os adolescentes precisam de pais que os inquiram sobre o seu sentido da vida e do crescimento, que os ouçam sobre os seus desafios e receios. Precisam de pais que vão acompanhando e monitorizando, para que os riscos, com que inevitavelmente vão ser confrontados ao crescer, tenham o mínimo de repercussões negativas possível. Precisam ainda de pais que não temam e ousem definir regras simples mas firmes e tranquilas de gestão da vida lá em casa. Precisam de expressar eles também as suas necessidades.
As palavras-chave são: NEGOCIAÇÃO, CAPACIDADE, AUTONOMIA E RESPONSABILIZAÇÃO em vez de controlo, força ou poder ou, por outro lado, demissão e permissividade.

Prepara o teu filho para a vida, o último livro de Javier Urra


Uma criança, desde tenra idade, tem que saber que o mundo não gira à sua volta, que a frustração é uma realidade. A vida tem muito para nos oferecer, mas a vida não é justa. Devemos transmitir que nem sempre vamos conseguir dos outros o que queremos, e que a nossa própria imagem também não é interpretada pelos outros como nós queremos. Os adolescentes de hoje passam muito tempo nas redes sociais e na internet relacionando-se com os amigos virtualmente… Acredito que não existe nenhum inconveniente em utilizar as novas tecnologias para comunicar, desde que a utilização não seja exagerada e de que não se perca o contacto com o exterior… 
No futuro temos que ter muita criatividade, muita capacidade de adaptação e muito pensamento alternativo. Há também que encarar o futuro relativizando e recorrendo ao sentido de humor. Por outro lado, é muito importante a capacidade de respeitar o outro, há que ter a consciência que eu sou eu e tu és tu. -- Javier Urra


" (...) Este livro significa uma convocatória endereçada a todos aqueles que, afetiva ou profissionalmente, serão envolvidos nestes problemas e se confrontam diariamente com as dúvidas e angústias decorrentes do trajeto de crescimento das crianças e das metamorfoses de vida que as transformam em adolescentes, em jovens e em adultos." In Prefácio

Mentem porque são INTELIGENTES?

Sabia que a capacidade de uma criança contar mentiras pode ser um sinal de inteligência? Foi realizado um estudo no Instituto de Estudos da Criança, da Universidade de Toronto, no Canadá, que envolveu 1200 crianças e jovens, com idades entre os 2 e os 17 anos. Os cientistas responsáveis pela investigação dizem que os complexos processos mentais envolvidos na formulação de uma mentira podem apresentar-se como um indicador de que a criança já atingiu um “importante estado/nível” no seu desenvolvimento cognitivo. Kang Lee, diretor do Instituto, diz que os pais não devem ficar preocupados quando os filhos mentem, dado que “é um sinal de que têm melhor desenvolvimento cognitivo, já que mentem porque são capazes de esconder a pista”. Além disto, este fator não implica desonestidade na vida adulta.

Sobre o tema vale a pena ler: "A verdade da mentira (escrito sobre a mentira em crianças até à pré-adolescência)"


Porque há dias assim...com SAUDADES.

Durante muito tempo pensei que ausência era falta.
Mas depois que partiste percebi que não existe falta na ausência...
Sim, estás ausente... e continuas a caminhar comigo.


Um dia tive um sonho. Sonhei que estava a andar na areia e passavam cenas da minha vida (…) e para trás ficavam sempre dois pares de pegadas (…) Sim, um meu e outro teu.
Reparei que nos momentos em que mais precisava (de partilhar, de carinho, de ti …) apenas existia um par de pegadas na areia.
Foi nessa altura que entristeci e perguntei: Porque me abandonaste?
E tu respondeste: A mãe ama-te, jamais te deixaria nas horas das tuas alegrias, da tua prova e sofrimento. Quando viste apenas um par de pegadas na areia, foi exatamente no momento em que te peguei ao colo e te carreguei.


Distúrbios alimentares. Padrão de Beleza, a quanto obrigas?...

A escravização a que as pessoas das sociedades “civilizadas” se submetem, para enquadrarem determinados padrões de beleza, tem sido um dos fatores socioculturais associados ao incremento da incidência de alguns dos chamados transtornos dismórficos, sejam corporais (anorexia, bulimia) ou musculares (vigorexia) ou obedecendo a dietas naturalistas (ortorexia).
Quando a preocupação com o corpo passa a uma obsessão geradora de sentimentos de insegurança, de introversão, de timidez, o corpo e a mente passam a ser “vítimas” de doenças de foro emocional. Podem ser acompanhadas de ansiedade, depressão, fobias, atitudes e comportamentos impulsivos e repetitivos e que conduzem ao já denominado Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), historicamente conhecido como Dismorfofobia ou medo da fealdade.
DEFEITO IMAGINÁRIO
A DSM-IV (Classificação Americana de Doenças Mentais) diz que a caraterística essencial do Transtorno Dismórfico Corporal (TDC) é uma preocupação com um defeito na aparência, sendo este defeito imaginado ou, se houver uma ligeira anomalia de facto, a preocupação do indivíduo é acentuadamente excessiva e desproporcional. Esta preocupação deve causar sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social e/ou ocupacional, ou em outras áreas importantes da vida da pessoa.

ANOREXIA, VIGOREXIA E ORTOREXIA

A Anorexia Nervosa* é um transtorno alimentar caraterizado por limitação da ingestão de alimentos, devido à obsessão de magreza e o medo mórbido de ganhar peso. E este medo, geralmente, não é aliviado pela perda de peso. Na verdade, a preocupação com o ganho ponderal, frequentemente, aumenta à medida que o peso real diminui.
A autoestima dos pacientes com anorexia nervosa depende, obsessivamente, da sua forma e peso corporais. A perda de peso é vista como uma conquista notável e como um sinal de extraordinária disciplina pessoal, ao passo que o aumento de peso é percebido como um inaceitável fracasso do autocontrolo.
Escolhem a comida e o corpo representantes de um afeto que na verdade nada tem a ver com a alimentação no seu sentido mais concreto.
A Vigorexia (ou Complexo de Adónis) ainda não tem critérios definidos claramente pela CID.10 (Classificação Europeia das Doenças Mentais) e pela DSM-IV, mas algumas caraterísticas de personalidade começam a ser evidentes: baixa autoestima; dificuldades de integração social; introversão; rejeitar ou aceitar com sofrimento a própria imagem corporal; obsessão em tornarem-se musculosos; o sintoma central parece ser uma distorção na perceção do próprio corpo.
O culturismo é um desporto que se associa com este tipo de desordem, no entanto, não significa que todos os praticantes da modalidade tenham Vigorexia.
Emocionalmente, a Vigorexia pode ter como consequência um quadro de Perturbação Obsessiva-Compulsiva (POC), fazendo com que o próprio se sinta fracassado e abandone as suas atividades sociais, laborais, com o propósito de treinar e exercitar-se se pausa.
Estas duas doenças, Anorexia e Vigorexia, promovem a distorção da imagem que as pessoas têm de si mesmas: os anoréticos nunca se acham suficientemente magros, os vigoréticos nunca se acham suficientemente musculosos. Ambas podem ser, também consideradas, “patologias do narcisismo”, deficiência de amor próprio na saúde patológica.
A Ortorexia é um quadro onde a pessoa se preocupa muito com os os hábitos alimentares e dedica bastante tempo a planear, comprar e preparar e fazer refeições, ou seja, o exagero das dietas naturalistas, uma espécie de obsessão dietética.

CORPO IDEAL VS. CORPO REAL
O habitual, desejável para o ser humano em equilíbrio, é estar moderadamente preocupado com o seu corpo sem que esta preocupação se converta numa obsessão.
É olhar-se e sentir-se bem, é cuidá-lo.
O ideal, desejável e sadio não é o padrão imposto pelas revistas de beleza e pelos modelos publicitários, mas sim estar satisfeito consigo mesmo e saber aceitar-se como se é. A aceitação do corpo é a aceitação de quem somos, do todo que somos. É aceitar o local onde habitamos.

Referência Bibliográfica
Fonseca, A.F. (1985). "Psiquiatria e Psicopatologia", II Vol. Lisboa: Edições Calouste Gulbenkian.
 * Estou a escrever texto sobre a Anorexia Nervosa e Bulimia, em breve partilho com vocês.

MUSE - Muscle Museum

Perspicácia feminina?!

Um estudo publicado na revista científica britânica Proceedings of the Royal Society B: Biological Studies revela que uma mulher consegue avaliar a masculinidade de um homem ao olhar apenas para o seu rosto. A pesquisa foi realizada pelas Universidades de Santa Bárbara e de Chicago, nos Estados Unidos, e envolveu um grupo de 39 homens com idades entre os 18 e 33 anos. Os resultados demonstraram que a maioria das mulheres consultadas souberam avaliar exatamente quais os homens que gostavam de bebés, e souberam discriminar os que tinham altos níveis de testosterona dos que não tinham. Segundo Dario Maestripieri, coautor do estudo e professor de desenvolvimento humano comparativo da Universidade de Chicago, o estudo mostrou ainda que "as mulheres valorizam a masculinidade como um fator que contribui para relações de curto prazo e o interesse de homens por crianças como sendo um fator que os torna mais propícios para relacionamentos a longo prazo".

SÍNDROMES| Síndrome do Sotaque Estrangeiro

Tiffany Roberts, de 61 anos, nascido no estado americano de Indiana, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral, passou a falar inglês com sotaque britânico, sem ter estado na Grã-Bretanha. Os médicos afirmaram que estava a sofrer da chamada "Síndrome do Sotaque Estrangeiro", uma doença rara que ocorre quando uma parte do cérebro é danificada, após um acidente vascular cerebral, ou um traumatisma craniano.
Na literatura médica existem casos semelhantes registados, contudo, os especialistas ainda estão a estudar a forma como a doença se manifesta.
O primeiro caso registado surgiu na Noruega, em 1941, quando uma mulher passou a falar norueguês com um forte sotaque alemão, depois de ter sido atingida por um projétil durante um ataque aéreo. Consequentemente, passou a ser hostilizada na sua comunidade.
Acredita-se que apenas 60 pessoas em todo o mundo sofram com a síndrome do sotaque estrangeiro.

**
VIDEO: Síndrome do Sotaque Estrangeiro - Doença rara faz brasileiro ter sotaque de estrangeiro.


Histeria



"It's bugging me
Grating me
And twisting me around..."



Histeria é um tipo de neurose que se caracteriza, predominantemente, pela transformação da ansiedade subjacente para um estado físico. A palavra vem do termo grego “hystéra”, que significa útero. A própria palavra sugere o caráter feminino da doença, já que era atribuída a uma disfunção uterina.

As pessoas que sofrem de histeria apresentam uma situação de pânico intensa, traduzida sobre a forma de sintomas físicos, como por exemplo, paralisia, cegueira, surdez, etc., perdendo assim o autocontrole.
Sigmund Freud (1856-1939) estudou os mecanismos psíquicos da histeria, e concluiu que os distúrbios poderiam abranger os sentidos da visão, audição, paladar e olfato e variar desde simples sensações até a anestesia total e intensas dores agudas.

A maioria dos sintomas da histeria apresenta-se de forma combinada com outros tipos de distúrbios neuróticos. Quem sofre de histeria geralmente possui problemas em manter um relacionamento, seja de que natureza for.
O doente deve fazer psicoterapia cognitiva comportamental, acompanhada por tratamento farmacológico. A psicoterapia possibilita que a pessoa entenda os seus próprios sentimentos e simbologias, além de aprender a lidar com eles coordenadamente.


Freud e Breuer falam sobre a Histeria na sua Comunicação Preliminar (1893) e, posteriormente, nos seus Estudos Sobre a Histeria (1895)
"De maneira análoga, as nossas pesquisas revelam que a maioria dos sintomas histéricos são desencadeados por causas que só podem ser descritas como traumas psíquicos. Qualquer experiência que possa evocar afetos aflitivos tais como os de susto, angustia, vergonha ou dor física — pode atuar como um trauma dessa natureza; e o fato de isso acontecer de verdade depende, naturalmente, da suscetibilidade da pessoa afetada (bem como de outra condição que será mencionada adiante). No caso da histeria comum não é rara a ocorrência, em vez de um trauma principal isolado, de vários traumas parciais que formam um grupo de causas "desencadeadoras". Essas causas só puderam exercer um efeito traumático por adição e constituem um conjunto por serem, em parte, componentes de uma mesma história de sofrimento. Existem outros casos em que uma circunstância aparentemente trivial se combina com o fato realmente atuante ou ocorre numa ocasião de peculiar suscetibilidade ao estímulo e, dessa forma, atinge a categoria de um trauma, que de outra forma não teria tido, mas que daí por diante persiste". (Std. Ed. VolII pág.41)

Os efeitos mágicos de um gesto carinhoso...

Sabia que abraçar, beijar, tocar, retarda o envelhecimento, protege a saúde e, acima de tudo, alivia a dor? É o poder dos afetos sobre os nossos mecanismos neurológicos. E a prova é científica. Um estudo realizado pela Associação Britânica para o Avanço da Ciência, revelou que receber um gesto carinhoso tem efeitos mágicos, ao estimular um tipo de fibra nervosa envolvida na sensação de prazeer. Os investigadores acreditam que a depressão pode, em muitos casos, estar associada a um défice de toque.

SÍNDROME DA PRESSA, conhecem?

A síndrome da pressa é um problema psicológico e comportamental verificado, atualmente, num grande número de pessoas.
As características típicas desta síndrome são: tensão, hostilidade, impaciência, valorização da quantidade e desvalorização da qualidade, sono agitado, intolerância a atrasos, procura de substâncias que controlem as emoções, interrupção da fala de terceiros, passos rápidos entre outras.

Diretamente ligada ao stresse e ao “corre-corre” diário, a síndrome da pressa altera:
  • O convívio com outras pessoas, já que é sempre apressado na realização de suas tarefas;
  • A saúde do indivíduo, já que, por exemplo, não se consegue alimentar com calma, isso quando se alimenta;
  • O trabalho, já que assume muitas responsabilidades e delega poucas tarefas a terceiros;
  •  Entre outras áreas afetadas.
A síndrome da pressa não é reconhecida e nem classificada na psiquiatria, porém é conhecida e estudada desde 1980. Desde os primeiros estudos são detetadas alterações na autoestima e na confiança do apressado, pois normalmente procura realizar uma quantidade de tarefas irrealistas, ou seja, quase impossível. Dessa forma, os sentimentos de frustração, “autopunição” e incapacitação podem conduzir a outros problemas mais graves.

A mudança de rotinas é a única forma de inibir a síndrome da pressa, já que ainda não tem tratamento específico, a não ser se estiver ligada à ansiedade ou a altos níveis de stresse. Para melhorar a qualidade de vida e conseguir diminuir a pressa é importante relaxar com músicas leves, observar a natureza, dedicar-se mais à família, realizar tarefas fora do contexto diário, organizar as tarefas diárias priorizando as mais importantes, dormir no mínimo oito horas e alimentar-se de forma saudável.

“Na vida não tenhamos pressa,
 mas não percamos tempo!” – José Saramago
Artista: Noiserv
Música: Palco do Tempo -- Da banda sonora do documentário José & Pilar. (Para ouvir todas as faixas clique em: https://www.facebook.com/#!/pages/Noiserv/135045871677?sk=app_204974879526524)

É o palco do tempo
Sem tempo a mais
São voltas às voltas
Por querer sempre mais

É um verso atrás
Um degrau que não viu
São curvas as rectas
Num final não vazio

É o palco do tempo
Sobre o tempo a mais
São voltas à espera
Que não vivendo mais

Os sinais da paixão - JN


Quais os sinais que o corpo dá quando está apaixonado?
Confira você mesma/o com esta aplicação multimédia do JN, bem criativa!
Os sinais da paixão - JN

RISOTERAPIA. ” O riso é uma opinião”- Eça de Queiroz


A terapia do riso ou a risoterapia é um método terapêutico existente desde a década de 60, do século passado. Foi propagado pelo médico americano Hunter Adams, conhecido como "Patch Adams", que desde a sua época de estudante já implantava este método em hospitais e escolas. Ele observou os baixos níveis de alegria e de humor dos seus doentes. Então, resolveu introduzir a terapia do riso, um descondicionamento de atitudes e hábitos nocivos enraizados na poersonalidade dos pacientes.
Quem viu o filme Patch Adams conhece bem a história. Era comum vê-lo, por exemplo, a atender os seus pacientes com nariz vermelho ou peruca de palhaço!

Para Patch, o humor é o melhor remédio. Na sua opinião o objetivo do médico não é curar e sim cuidar. Cuidar com muito amor, tocando nos doentes, olhando nos seus olhos, SORRINDO e fazendo sorrir...
VIDEO: Filme Patch Adams
(não há dúvidas de que na atitude do médico estão presentes as habilidades/competências inerentes à inteligência emociaonal)


Eduardo Lambert, autor do livro Terapia do Riso – A Cura pela Alegria, encara o riso como uma terapia complementar que auxilia na melhoria do estado emocional e orgânico das pessoas, em pacientes com os mais diversos tipos de doenças.

Cientificamente, Eduardo considera o riso como um grande estimulador. As substâncias produzidas nos momentos de bom humor, e consequentemente de riso, (as betas endorfinas) são analgésicas, similares às morfinas, mas com “potência” cem vezes maior.

O simples esboçar de um sorriso, o riso ou uma boa gargalhada - e quanto mais intensa melhor - cria uma onda vibratória que propicia de imediato um relaxamento corporal que se estende para todo o corpo, dando uma sensação de bem-estar físico, mental e emocional.

Eduardo Lambert reforça que um simples sorriso, uma graça, situações cómicas, bons pensamentos, bons sentimentos, boas lembranças, pensamentos positivos, palavras de apoio e incentivo são fatores importantes à síntese das endorfinas.

Rir é mesmo o melhor remédio. Aumenta a autoestima, afugenta a depressão, alivia as insónias e as doenças psicossomáticas.


DICA: procurem informação em: "Clube do Riso".
 http://yogadoriso.blogspot.com/

E riam, mas riam muito!!!

Sim, sou otimista!


Dizem-me que sou otimista porque não quero ver; que ser otimista é um luxo de quem tem, de algum modo, sucesso e de quem só vê o lado bom da vida porque assim pode. Afirmo o contrário.
O pessimismo, esse sim, é um luxo dos que podem, um desperdício de energia e uma falta de respeito para connosco próprios, para com a vida e acima de tudo, para com os outros.

Ser otimista não é, por isso, uma opção. É, antes, uma necessidade, um imperativo que temos de aprender a lançar sobre a nossa vida. Otimismo é começar por acreditar no sucesso como a única opção, é declarar “guerra” ao pessimismo, de modo a que seja possível, ver no futuro prosperidade.

Para ouvir: Crazy Clown Time, de David Lynch

A par de todo o somatório de experiências surrealistas, diálogos marcados pela densidade e a constante exposição de temáticas envolvidas por uma aura de mistério, encontramos a música enquanto elemento fundamental na carreira de David Lynch. Seja através das colaborações com o compositor Angelo Badalamenti, por exemplo, em Twin Peaks – para mim, a melhor banda sonora que uma série televisiva já teve – ou mesmo com as suas contribuições em trabalhos de outros artistas – como o ainda recente Dark Night of the Soul, trabalho em parceria com Dangermouse e Sparklehorse.
Longe das telas, o norte-americano, de 65 anos, surge agora com seu primeiro trabalho musical: Crazy Clown Time. Lynch e o engenheiro de som Dean Hurley, fazendo uso da música eletrónica, dão forma a um conjunto de 14 faixas (numa atmosfera sombria e experimental) que parecem intimamente ligadas à sua vasta obra cinematográfica.
Na minha opinião, David Lynch prova que, para além de ser um dos maiores e mais completos cineastas, está, também, habilmente preparado para “se movimentar” pelo mundo da música.
Fiquem com o video do tema Good Day Today, sem dúvida alguma com assinatura de Lynch... perturbador...


Nunca subestimar o poder da comunicação...

O encontro que leva à construção de uma relação entre um casal não pode ser encarado somente como o encontro de duas pessoas, mas sim como o encontro de dois mundos, dos seus respetivos valores, culturas, famílias, códigos de conduta, vivências individuais e experiências que se revivem no aqui e no agora. Pressupõe, à partida, pontos de vista diferentes.
Não resisto a contar uma pequena história (adoro histórias!!).
O tio do António era casado com uma mulher que não parava de falar. A uma dada altura disse-lhe: “Sabes, tenho uma ideia; tens uma vida tão repleta de aventuras fantásticas! Em vez de mas contares devias escrevê-las.” E ela assim o fez. Escrevia durante o dia e à noite lia-lhe o que tinha escrito.
O que é que terá falhado aqui? Quereria ele pedir à mulher para deixar de falar dessas histórias? Que não fosse uma chata? Que transformasse a competência de contadora de histórias numa atividade rentável? Toda e qualquer interpretação corre o risco de estar completamente al lado se não conhecermos bem o tipo de relação do casal. Só este aspeto poderá clarificar aquilo que é dito.
A comunicação no casal é de facto, a interseção de dois mundos e grande parte dos problemas que resultam do encontro destes dois mundos estão condensados na comunicação. É aí que se conjuga, se expressa e se procura resolver toda a espécie de diferendos. A procura de soluções passa sempre pela comunicação, através da palavra e do corpo e inclui aspetos como a palavra, o gesto, a mímica e o olhar. Estamos sempre em comunicação, e mesmo quando estamos em silêncio, estamos a dizer que não queremos comunicar!
É fundamental uma comunicação baseada na COMPREENSÃO DO OUTRO, na capacidade de escuta e na devolução ao outro daquilo que se compreendeu. Torna-se também fundamental uma maior congruência entre o verbal e o não-verbal, entre aquilo que se diz e aquilo que se faz.
Ideias que facilitam a comunicação com as pessoas que nos são mais próximas
  • Aceitar que a forma como cada um interpreta o mundo é única e que vários pontos de vista podem enriquecer e ajudar a encontrar melhores soluções.
  • Estar atento e demonstrar ao outro que compreendemos aquilo que ele está a querer transmitir.
  • Perceber que com frequência aquilo que é dito serve para falar da relação.
  • Não "obrigar" o outro a falar. Saber respeitar o silêncio do outro. Estar atento à comunicação não-verbal.
  • Não utilizar em excesso estilos de comunicação menos claros como as metáforas, a ironia, a brincadeira, o humor. Não deixar de os utilizar.
  • Não dizer tudo o que pensa. Ser capaz de guardar algumas coisas dentro de si próprio.
  • Interessar-se pelos conceitos e valores da família do seu amigo, parceiro...: eles são uma espécie de dicionário daquilo que o outro diz e pede.

Para ler

TÍTULO: O homem à procura de si mesmo
AUTOR: Rollo May
EDITORA: Editora Vozes
Rollo May é um dos maiores psicanalistas do século XXI.
Apesar de ter sido escrita em 1953, esta obra continua atual, ao propor que quanto mais conhecimento o indivíduo tiver sobre si mesmo, maior é a sua capacidade de lidar com ele, com os outros e com o mundo que o rodeia. Esse conhecimento libertador exige um esforço profundo de reflexão e, longe de receitas rápidas e superficiais, o autor põe em causa os valores da sociedade atual, referindo a necessidade do indivíduo se recentrar naquilo que é importante: a sua autorrealização como pessoa.

O autor trata com uma profundidade pouco vista temas como: solidão, liberdade, ansiedade, perdas, doença, crises existenciais, vazio existencial, ódio e ressentimento, dependência, autenticidade, maturidade e virtude.


Acabei de ler e aconselho.

Illusion...



It matters not who you love, where you love, why you love, when you love or how you love; it matters only that you love.
 John Lennon

Cinematerapia

Uma simples ida ao cinema pode ser um bilhete para uma viagem aos meandros da nossa mente. Da sala semi-escura raramente saímos indiferentes. Soltamos gargalhadas, contemos o nó na garganta. Porque o cinema tem esse poder. Choca-nos. Afeta-nos. Sentimos. Pensamos. Criticamos. Esta é a base da cinematerapia. Técnica que pode ser usada como recurso no trabalho terapêutico.
A revista Saúde Mental publicou um estudo, realizado em Portugal, sobre os efeitos da cinematerapia. Tratou-se de uma Investigação realizada pelo Serviço de Psiquiatria do Hospital de Santa Maria, na qual 10 doentes foram submetidos a análise. Ao fim de sete sessões em grupo com duas terapeutas e com filmes pré selecionados que focassem algumas problemáticas emocionais, "conclui-se que os resultados foram positivos e que esta técnica pode ser uma adjuvante ao tratamento Standard".

Lições de 40 Filmes...
As “lições” são retiradas de filmes que vão desde a série Star Wars, Clube dos Poetas Mortos, passando por Matrix, Gladiador, Forrest Gump, Rei Leão, ... e mais 34!

Obrigada!


"OBRIGADO.                                                                  
                                                                                                       
(…) todas as palavras me parecem insuficientes…não ter palavras é muito melhor do que ter rios de palavras. Aquilo que não sei dizer, existe com muita força e, se tentasse encontrar-lhe nomes, estaria a diminuí-lo, a transformá-lo em qualquer coisa possível.
É essa a natureza da matéria que partilhamos, é essa a forma daquilo que nos juntou. Sem esse mistério, continuaríamos a seguir os nossos caminhos. Talvez a metros, talvez a quilómetros, talvez em hemisférios distintos, talvez em ruas paralelas, as nossas existências seriam indiferentes uma à outra. Não quero sequer imaginar a possibilidade desse mundo cinzento. Ainda bem que existem os livros, ainda bem que existe esta revista, ainda bem que existem a internet, o facebook, as feiras do livro e todos os lugares físicos e não-físicos onde nos encontramos. Ainda bem que existe o pensamento e a memória. Ainda bem que existe a ternura.
(…) Vocês foram chegando devagar, foram entrando e quero que saibam que, hoje, são parte da minha família. Penso em vocês entre aquilo que me é mais valioso e, sem explicação, sinto saudades vossas de repente. Muitas vezes, sinto o toque do sol, tão suave, e sorrio ao lembrar-me que vou partilhar esse bem-estar convosco. Sinto-me muito grato pela companhia que me fazem. Convosco, nunca estou sozinho. (…)
(…) Vocês têm muitos rostos, muitas histórias. Eu ouço-vos e encho-me de esperança humana, de amor humano, e transbordo. Mesmo quando estou em silêncio, agradeço-vos por me acrescentarem um sentido tão profundo. Estar-vos grato é estar grato ao mundo inteiro, ao fácil e ao difícil, ao doce e ao amargo. Sem um, não existiria o outro. Mesmo. Sem um, não existiria o outro, repito para que não restem dúvidas. Chegou a hora de, todos juntos, agradecermos pelas contrariedades. São elas, por mais feias, que nos permitem alcançar aquilo que está para lá delas. Ao mesmo tempo, são essas contrariedades, esses silêncios, que nos permitem prestar atenção ao que realmente nos interessa e que, como uma fogueira, nos ilumina o rosto (…)”
                                            Crónica de José Luís Peixoto, de 09/02 -- REVISTA VISÃO
Para ler crónica na integra http://aeiou.visao.pt/obrigado=f645618

DESCRIÇÃO: Álvaro de Campos por Noiserv: "Um lugar qualquer no espaço"

Com música de Noiserv: “Litle Maestro"

(...) Como eu desejaria ser parte da noite,
Parte sem contornos da noite, um lugar qualquer no espaço
Não propriamente um lugar, por não ter posição nem contornos,
Mas noite na noite, uma parte dela, pertenço-lhe por todos os lados
E unido e afastado companheiro da minha ausência de existir (...)
Fernando Pessoa

LINDO!

                                                                

E se as crianças não aprenderem a tolerar as frsutrações?...

(...) Se as crianças não aprendem a tolerar as frustrações, nunca hão de ser engenhosas e nunca hão de aprender com as dificuldades. A dor dói, magoa, mas é uma oportunidade de crescimento e não há dores que venham por bem. As dores são as grandes oportunidades para nos interpelarmos e para nos transformarmos (...) -- Eduardo Sá

Doença de Alzheimer

























Visitando o "espaço" de uma simpática blogger M&A, deparei-me com um lindo texto do romance: "O Diário da Nossa Paixão", de Nicholas Sparks (para ver publicação clique em Amor.).
Este romance fala-nos da grande paixão de Allie e Noah. Os dois têm uma vida preenchida com tudo a que dois apaixonados têm direito: recordações, filhos, netos e um amor que não se apaga com o passar dos anos...mas que se vê ameaçado por um terrível mal: a doença de Alzheimer.
E é sobre este tema que decidi escrever hoje.

Como podemos caracterizar a doença de Alzheimer? Como se diagnostica? Tem cura? Que cuidados podem retardar a evolução da doença?


A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência na velhice. Caracteriza-se pela perda da memória associada à deterioração das funções intelectuais, emocionais e cognitivas. Ocorre entre homens e mulheres na mesma proporção sendo que incide em 8% da população de idosos. É uma doença de carácter progressivo.
Deve-se à disfunção das células nervosas, de causa ainda desconhecida, que provoca a diminuição de uma hormona de grande importância na função cerebral (acetilcolina). Sabe-se, ainda, que se trata de uma doença com características hereditárias.
O início da doença é discreto, com o aparecimento de esquecimentos e pequenas confusões (com datas, por exemplo). Logo numa fase inicial, começa a evidenciar-se uma dificuldade em memorizar factos recentes, e, progressivamente, surgem  dificuldades em realizar pequenas tarefas domésticas.
Com a evolução da doença começam a acentuar-se os seguintes sintomas:
  • Dificuldades na fala
  • Incapacidade em manter um  um raciocínio lógico
  • Défices de concentração e atenção
  • Isolamento social
  • Progressiva desorientação no tempo e espaço
  • Perda das capacidades de leitura, escrita e de efectuar cálculos
  • Humor instável: com momentos de raiva, choro, depressão e agressividade
  • Dificuldade em se alimentar e efectuar a higiene pessoal
O diagnóstico é de exclusão com outras demências (aterosclerótica, por exemplo), com manifestações de certas intoxicações (por drogas tipo tranquilizantes, alcoolismo, etc.), com certas infeções (encefalites) e com sequelas de traumatisma craniano.

Não deve ser confundida com as alterações de memória, "lapsos de memória", muito comuns em qualquer idade e que se acentuam na velhice, ou com estados de forte emoção e depressivos. Estes "lapsos de memória" são processos benignos e nunca são acompanhados de outras alterações como ocorre na Doença de Alzheimer.
Não há cura para a doença nem um tratamento específico. Existem duas substâncias que possuem algum efeito sobre os sintomas da doença na sua fase inicial: a tacrina e o hidroclorido de donepezil. Estas substâncias devem ser administradas com cautela pois podem provocar problemas digestivos e hepáticos. O tratamento baseia-se em medicamentos sintomáticos, atividades físicas e mentais, sendo fundamental a constante estimulação da pessoa doente. Estes cuidados podem retardar a evolução da doença. Neste processo, a participação da família é fundamental e deve começar pela compreensão da doença. A manutenção da dignidade e do auto respeito deve ser uma constante.

Para ver ou rever


Este fim-de-semana vi (pela primeira vez, confesso) o filme: “Separados de fresco”. Achava eu que ia ver uma comédia romântica, digna de uma tarde fria de inverno e dou por mim a pensar seriamente nas relações homens-mulheres e a irritar-me com a estupidez (desculpem!) das mulheres, com as reações básicas dos homens, e com o tempo que se perde em discussões!
Ri-me por vezes, é verdade, mas creio que o filme é uma armadilha: esconde-se por trás de uma aparência lúdica e afinal põe-nos a refletir.
Aconselho-o. No filme, podemos ver de uma forma bastante crua e básica, as grandes diferenças que separam, por vezes, abissalmente, as mulheres e os homens, e vice-versa.
Brooke (Jennifer Aniston) e Gary (Vince Vaughn) são o casal vítima desta análise: o que parecia ser uma relação amorosa promissora começa a deteriorar-se até que chega o momento de colapso no qual Brooke põe fim a tudo. Questão prática: a casa que partilham foi comprada por ambos. Depois de muito discutir, decidem partilhá-la até que um deles ceda.
Vemos então um casal que gosta genuinamente um do outro, mas incapaz de o mostrar, incapaz de assumir alguns erros, incapazes de conviver.
Na fase em que atravessamos, que muitos dizem ser a era da pastilha elástica ou do fast-food, em que tudo acontece muito rápido e é ainda mais rapidamente deitado fora, um filme como estes, por entre piadas, obriga a pensar. Retrata a vida como ela é: o dia-a-dia e as relações têm sempre um lado cómico e um dramático, têm sempre as suas dificuldades, os erros, os esforços em vão e os arrependimentos. Afinal, as relações idílicas não passam disso mesmo: idílicas e ilusões. É preciso trabalhar a relação para que esta seja “perfeita”.

No fim, e depois de algumas confusões e mal-entendidos, de seguidos ou não os conselhos dos amigos e colegas de trabalho surreais, as conclusões a que ambos chegam parecem ser as mais acertadas e sensatas!!

De coração abotoado?


Educam-nos para nós abotoarmos o coração até o último botão. E, às vezes, as pessoas despem-se facilmente por fora e têm dificuldade em perceber que o grande desafio da vida é despirmo-nos por dentro. É darmo-nos a conhecer por dentro.-- Eduardo Sá

A palavra constrói/mantém; o silêncio afasta/isola

A comunicação é algo de extremamente complexo e extraordinário… Imaginar a construção (e manutenção) de uma relação (de amizade, amorosa, parental,…) sem comunicação é tão difícil como imaginar o infinito. É retirar algo de fundamental dessa mesma relação.

Acabei de estar IMENSO TEMPO  ao telefone com uma AMIGA. Conversamos, rimos, exclamamos, interrogamos, quase choramos… Se me perguntarem sobre o que falamos, ao certo, eu respondo-vos: já não me recordo muito bem, só sei que A CONVERSA SOUBE TÃO BEM!!
Como é possível? Porque a conversa cumpriu a sua função: pôs em contacto emocional duas pessoas que se querem muito bem. O importante foram os conteúdos afetivos (o termos conversado) e não tanto aquilo que foi dito.
Mas estamos sempre a adiar aquele telefonema, aquela conversa, não é verdade?! E assim, vamos maltratando as nossas relações, e muitas vezes as mais preciosas...

Para ouvir

Completamente rendida a NOISERV

O projecto musical Noiserv (David Santos) tem vindo a afirmar-se como um dos mais criativos e estimulantes, de entre os surgidos em Portugal na última década. O seu percurso tem sido marcado pela criação de peças musicais de um minimalismo capaz de atingir cada individuo na sua intimidade, relembrando-lhe vivências, momentos e memórias intrincadas entre a realidade e o sonho, e por concertos de elevadíssima intensidade, nos quais o público é suspenso a partir de uma teia sonora, criada por um vasto leque de instrumentos inusuais.

Uma Oficina Chamada NOISERV  - Diário de Notícias
Teclados, guitarras, xilofones, instrumento de sopro e percussão convivem com instrumentos tão improváveis como máquinas fotográficas, de escrever, relógios, brinquedos infantis... qualquer objeto, no projeto Noiserv, pode acabar como um instrumento. A composição musical obriga David Santos a explorar sons. muitos do quotidiano, em cima de linhas musicais repetidas.
As paredes da sala onde trabalha estão repletas de recordações de espetáculos passados e de ideias rabiscadas para projetos futuros. Um homem com formação em engenharia, muitos instrumentos e uma sala onde pensa construir muitas mais músicas.




"A day in the day of the days"... a banda-sonora para um dos nossos dias!


Para ouvir o álbum completo, clique em AQUI


O QUE DIZEM OS ESTUDOS -- O AMOR é uma receita fisiológica e com prazo de validade


Como que por acaso, e naquele lugar, os nossos olhares, que vagos giravam, cruzaram-se… de súbito fui invadida por aquela sensação de ritmo cardíaco a disparar e maças do rosto a corar! Mas nessa hora a viver começamos...
Recordo-me de no nosso primeiro encontro sentir uma ansiedade, um calor no peito que logo se espalhou em calafrios que procurei disfarçar. Um leve suor nas mãos. As palavras tremeram embaraçadas em pensamentos confusos. Joelhos que mal sustentavam o peso do meu corpo. Recordas-te do nosso primeiro beijo?...
E, desde então, quantas vezes nos esquecemos do mundo lá fora...?!

Quem nunca sentiu este misto de emoções e sensações? Parece que os cientistas, esses “desmancha prazeres”! Querem-nos convencer de que o AMOR não passa de um conjunto de reações químicas, anatómicas e bioquímicas.
Será? Mas até que ponto a ciência pode, efetivamente, traduzir em experiências químicas o que para muitos é a verdadeira essência do ser humano?
Apesar de tudo, é provável estarmos certos, quando assumimos sentirmos química por alguém. Só que essa química, para os cientistas, traduz-se na seguinte receita (!):
  • Feniletilamina - provoca sensações de exaltação, alegria e euforia;
  • Dopamina - responsável pela sensação de prazer que sentimos, e pelas manipulações físicas, tais como: pele avermelhada, mãos húmidas, … e
  • Ocitocina -  um neurotransmissor associado ao AMOR.
Helen Fisher, antropóloga da Universidade de Rutgers, New Jersey, demonstrou, ainda, que a: instabilidade; exaltação; euforia e falta de apetite, sentidos pelos apaixonados, estão associados a altos níveis de dopamina e norepinefrina, estimulantes naturais do cérebro.
Posto isto, concluímos que para os cientistas o AMOR não passa de uma receita fisiológica de vários compostos físicos que se dá no cérebro de cada um de nós.
Mas, em última análise, porque é que acontece somente entre algumas pessoas e não com todas, porque nos sentimos “atraídos” por determinado indivíduo e não por outro?
Dra. Helen Fisher tenta dar uma resposta: "Normalmente, as pessoas apaixonam-se por alguém com quem interagem, mas, sobretudo, por alguém que considerem misterioso. Depois, a maior parte interessa-se por pessoas com o mesmo background sociocultural e com atitudes, expectativas e interesses paralelos." Verdade ou não, cada um sabe de si!
Mas, então se realmente o amor e a paixão não passam de reações químicas do corpo, será que duram para sempre? Ou pelo contrário existe um limite de tempo para homens e mulheres sentirem o arrebatamento da paixão?
Segundo a professora Cindy Hazan, da Universidade Cornell, Nova Iorque: "os seres humanos são biologicamente programados para se sentirem apaixonados durante 18 a 30 meses". Ela entrevistou e testou 5.000 pessoas de 37 culturas diferentes e descobriu que o "amor" possui um limite para o seu "tempo de vida". Com o tempo, o organismo vai se tornando resistente aos seus efeitos - e toda a "loucura" da paixão desvanece gradualmente - a fase de atração não dura para sempre. Posteriormente, o casal, habitua-se a manifestações mais brandas de amor - companheirismo, afeto e tolerância…
Em jeito de conclusão, só vos digo que, como explicação do AMOR, esse cúmulo de loucura e sabedoria, continuo a preferir as palavras de Fernando Pessoa:
“Amo como ama o amor.
Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar.
Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que
TE AMO?”